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terça-feira, 25 de outubro de 2011

Portão de entrada do Brasil na linha do equador (Revista Amazônia Típica - 2011)

Majestosa construção histórica dá as boas vindas! (Foto: SETUR-AP) 
 
Quem chega durante o dia em Macapá, pode vislumbrar uma bela visão aérea. É a Fortaleza de São José de Macapá que, vista de cima, se assemelha a uma estrela apresentando planta no formato de um polígono quadrangular com baluartes pentagonais nas vértices (Nossa Senhora da Conceição, São José, São Pedro e Madre de Deus). Construção imponente que inspira segurança em seu interior e pode ter sido ameaçador na época de colonização. A noite, um ar romântico e/ou tenebroso paira naquele lugar, dependendo do visitante.
Localizada na foz do Rio Amazonas, em frente à cidade de Macapá e edificada 18 metros acima do nível do mar, a construção da Fortaleza foi iniciada em 1764, cuja função era impedir a entrada de navios invasores e defender abrigando no seu interior, os moradores da vila de São José de Macapá. Servia também como base para o reabastecimento e refúgio aos combatentes, enfim, manter a ordem soberana de Portugal na região. Sua inauguração foi em 1782, no dia do santo padroeiro da cidade de Macapá, e orago da fortaleza: São José, após 18 anos de trabalhos na construção. Em seu interior, encontram-se os prédios que abrigavam antigos armazéns, capela, casa de oficiais e do comandante, casamatas, paiol e hospital, além dos elementos externos componentes do complexo, como revelim, redente, fosso seco e baterias baixas.
Com o advento da Proclamação da República, a Fortaleza gradativamente entrou num processo de total abandono, situação esta que permitiu o saque de vários objetos como artefatos de guerra, canhões, pedras e tijolos, etc. Em 1990, foi entregue o projeto da área interna, e em 1991, o projeto da área externa. Em 22 de março de 1950, foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional-IPHAN. Recentemente, foi reformada pelo Governo do Estado de Amapá, a Fortaleza ganhou o Museu Joaquim Caetano da Silva com serviço de visita monitorada por guias. 

Marco Zero e o Zerão? Outros locais que merecem visitas no Amapá é o Marco Zero e o estádio Zerão. No Marco Zero, você pode ficar literalmente no “meio do mundo” ou nos dois hemisférios, pois lá atravessa a linha imaginária do Equador. Há uma construção para marcar o local onde a linha imaginária divide a Terra em dois hemisférios. A cidade tem o privilégio de assistir ao fenômeno chamado de Equinócio, palavra que deriva do latim aequinoctium e significa noite igual e refere-se ao momento do ano em que a duração do dia é igual a da noite sobre toda a terra. Esse fenômeno se dá em dois momentos: um no mês de março e o outro em setembro. O Monumento Marco Zero também possui no seu terraço um espaço para shows, além de salão para exposições, bar e lanchonete e lojas para venda de produtos locais. É o mais conhecido ponto turístico de Macapá.

Foto da SETUR-AP - Trapiche Eliézer Levy
O Estádio Milton Corrêa, mais conhecido como “Zerão”, é um estádio com capacidade para 5.000 pessoas e sua inauguração ocorreu em 1990. Esse apelido se deve ao fato de que a linha de meio-de-campo coincide exatamente com a Linha do Equador, fazendo com que cada time jogue em um hemisfé-rio. O Trapiche Eliezer Levy é para os boêmios. Construído na década de 40, por muito tempo foi o ponto de chegada e saída da cidade. Antes do trapiche, as embarcações aportavam na chamada Pedra do Guindaste, onde hoje está colocada a imagem de São José, em concreto armado. O trapiche tem 472 metros de comprimento e é servido por um bondinho elétrico para transporte de turistas.

Visite e conheça de perto essa capital do extremo norte do território brasileiro.

Fonte do Texto: Revista Amazônia Típica (Edição Nº. 04 / Julho a Setembro de 2011 - pág. 31) 
amazoniatipica.com.br

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