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segunda-feira, 11 de março de 2013

BAIRROS DE MACAPÁ - O Bairro do Beirol (Parte 2)

O Bairro do Beirol tem inúmeras histórias e, parte destas, foi apresentada pelo jornalista David Diogo em um vídeo no youtube. Dada a importância e procura pelo assunto, compartilhei o vídeo (com os devidos créditos) para referência a classe estudantil e professores. 
A história urbanística de Macapá é um assunto de grande procura nas bibliotecas amapaenses, invariavelmente com acervos muito limitados.

 O Bairro Beirol - Reportagem de David Diogo
(Produzida e postada no Canal TV DavidDiogo)
Duração: 10 minutos / Ano: 2012 

Pontos apresentados:
- O Programa Nosso Bairro veio à Macapá, capital do Amapá, para conhecer o BEIROL. O local foi conhecido por muito tempo como Bairro das Comunicações devido as antenas da EMBRATEL que existiam aqui, mas o tempo foi passando e a comunidade ganhou o nome de BEIROL. A partir de agora convido-o a acompanhar a história deste bairro, que se transformou e ficou conhecido como ponto de ligação para outras áreas da capital amapaense.  
- O BEIROL fica espremido entre os bairros Buritizal, Santa Inês e Trem (também pelo Buritizal, Muca, Pedrinhas e Jardim Equatorial).

- Segundo o último censo IBGE (2010) o bairro tem uma população de aproximadamente 9 mil pessoas, sendo a maioria jovem (veja alguns dados deste censo em correaneto.com.br).
- Com o passar do tempo o local foi se modernizando e recebendo serviços de infra-estrutura. A energia elétrica chega a todas as casas do bairro, mas no início não eram tantos os benefícios e nem tinha tanta gente, como conta a aposentada Maria Farias da Silva: "O bairro era um interior, não tinha muito morador. Quando cheguei as casinhas que tinham até a sede do Trem eram de barro, aí foi mudando, a cidade foi crescendo, a olaria era aonde tinha as casas do governo. Macapá tá grande e não conheço mais. Aqui era muito bom, o bairro melhorzinho para morar, eu acho bom." A aposentada vive um caso de amor com o bairro, de Afuá veio morar no Bairro do Trem e hoje vive no Beirol há mais de 50 anos.
- Durante um longo período o bairro foi conhecido como Bairro da Comunicação, é que no ponto onde hoje está contruído o Conjunto Mucajá funcionavam as antenas da EMBRATEL.
Antigas antenas da EMBRATEL (Fonte: Biblioteca Municipal de Macapá)    
Dê uma conferida também no link porta-retrato-ap.blogspot.com.br
- A comunicação tem haver mesmo com o BEIROL. Atualmente funciona no bairro uma das sedes da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) e os serviços acontecem no prédio ao lado do Conjunto Mucajá, onde moram mais de 100 famílias, remanejadas de áreas inadequadas para habitação.
Conjunto Mucajá (Fonte: macapalinda.blogspot.com)
"O conjunto recebeu dezenas de famílias cadastradas vindas principalmente da Vila do Mucajá, no Bairro Santa Inês. As condições de moradia nesta vila eram precárias. Frequentei o local nos anos 90 e testemunhei, em alguns pontos, fileiras de baldes para recolher água em uma única torneira e também casas em barrancos com sério risco de desabamento. O local também tinha fama de violência e vi algumas brigas entre participantes de gangues. Moro no Trem, mas frequentei uma igreja evangélica na vila entre 1994 a 2000. Lembro de um ponto, na saída do Mucajá, que era de muito risco a noite, era um beco margeando o muro para o SESC na saída para a Rua Jovino Dinoá. Com o tempo o povo o abandonou e a passagem se dava através da área onde hoje temos o Conjunto Mucajá. Este velho recorte de jornal nos dá uma panorâmica da antiga vila em uma reportagem de Ângelo Fernandes para o Jornal do Dia, de 16/01/2003." (R. Castelo)
Conjunto Mucajá (Fotos e informações: Prefeitura de Macapá)
Foi a primeira obra concluída no Amapá (e Região Norte) através do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) criado pelo governo federal na gestão do Presidente Lula (2007). Abrange 592 unidades habitacionais distribuídas em 37 blocos com 16 apartamentos cada. O custo da obra foi de aproximadamente 30 milhões de reais e a construção ficou a engargo da Prefeitura de Macapá, sendo inaugurado em outubro de 2011. O residencial, apesar de novo, já tem muita história, com pontos positivos ou negativos. Já se falou em especulação imobiliária, rachaduras na estrutura, aumento do índice de assaltos nas redondezas e conflitos entre os moradores (que são cerca de 3 mil).
- No vídeo, moradores do Mucajá relataram sobre as melhores condições encontradas no residencial.
 - Além do conjunto, uma oportunidade para quem não tinha um lugar regularizado para morar, o bairro tem outros privilégios. No bairro encontramos a sede do maior orgão de segurança do Amapá, o quartel do comando da Polícia Militar.
- A fé também está presente, São Pedro tem um lugar especial. Moradores do bairro são devotos e o escolheram como padroeiro. A Igreja São Pedro é uma das dezenas de paróquias da Diocese de Macapá. Diariamente é visita por moradores e por pessoas de outros pontos de Macapá.
- Na década de 70 foi criada a Polícia Militar do Amapá (1975) e instalado no bairro seu quartel. O orgão trabalha com crianças e adolescentes através do projeto Peixinhos Voadores. Um incentivo a prática esportiva através da natação.
Foto: Sebastião Mota / portalamazonia.com
O Peixinhos Voadores consiste na descoberta de novos talentos para a natação com estímulos para a responsabilidade, respeito e inserção social. O projeto iniciou em abril de 2002, com apenas sete crianças, e hoje atende mais de mil.  As atividades também foram expandidas para outros pólos nos municípios. (Fonte: coronelwalcyr.blogspot.com)
- Segundo moradores, o bairro é um local bom de se viver. Um lugar de esperança, que por mais que tarde, nunca falha.

Veja também:
  - O Bairro Beirol (Parte 1)

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

BAIRROS DE MACAPÁ - O Bairro do Trem (Parte 4)

Divulgando a Biblioteca Ambiental da SEMA em Macapá...

Para estudo da cidade de Macapá e compreensão de alguns de seus bairros, como o histórico Bairro do Trem, a Biblioteca Ambiental da SEMA em Macapá disponibiliza a consulta do seguinte trabalho: 

"Trem  que te quero Bem!", trabalho elaborado por acadêmicos do Curso de Turismo do IESAP (em 2006) sob a orientação da Professora Mara Socorro L. de Almeida, tendo como autores ADRIANA FURTADO DOS SANTOS, ALTACY PATRICIA BARBOSA PEREIRA, CRISTIANE MORAES BRITO, JOFRAM MELINDRE MACHADO, JOSÉ WAGNER SOUZA E SILVA e JOSENICE COSTA DOS SANTOS.


Alguns aspectos descritos no trabalho:

- A história do Bairro do Trem está intimamente ligada à construção da Fortaleza de São José de Macapá.
- Sendo um dos bairros mais tradicionais da cidade, podemos  verificar que desde a sua criação até os dias atuais, ele ainda guarda vestígios dos tempos áureos de Macapá, quando os moradores sentavam à frente de suas casas para conversar e observar as crianças brincando.
- Este trabalho objetiva resgatar a história do Bairro do Trem, realizando um inventário do mesmo, valorizando os potenciais turísticos existentes, sua cultura, tradição, musicalidade e importância para o desenvolvimento urbano de Macapá.

Sumário do trabalho:

Apresentação / Introdução / Objetivos / Metodologia 
PARTE 1: Caracterização Geral (Delimitação da área / Aspectos Histórico / Aspectos Sócio-Econômicos)
PARTE 2: Aspectos Turísticos (Eventos / Alimentos e Bebidas / Entretenimentos)
PARTE 3: Avaliação Turística

O trabalho é composto por 20 páginas, as informações referem-se ao ano 2006 (valendo a investigação histórica e possíveis comparações com dados atuais), está ilustrado com algumas fotografias/gráficos, foi doado ao acervo pela Profª Mara Socorro e está a disposição para consultas.

Foto de Elton Tavares publicada no blog eltonvaletavares.blogspot.com.br
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sexta-feira, 22 de junho de 2012

BAIRROS DE MACAPÁ: Pedrinhas (Parte 4 - Despejo de esgoto)

Reportagem da TV-AP (Abril de 2012) sobre o Canal das Pedrinhas e a dura realidade de convivência com a poluição. A matéria mostra o problema de despejo de esgoto, as implicações para a saúde pública e para o comércio da região. A reportagem é de EVANDRO LUIZ e as imagens de INIVAL SILVA.

Veja o vídeo NESTE LINK

No vídeo é mostrado:

- O cano de esgoto fica no meio do mato, às margens do Igarapé das Pedrinhas, bem visível na maré baixa.
- Segundo os moradores (Abril de 2012) fazem três meses que uma água escura é jogada dentro do rio.
- O mal cheiro exala por toda área, incomodando moradores e trabalhadores da região.
- Para os moradores que vivem próximo do igarapé a maior preocupação é com as crianças que costumam tomar banho de rio, nos últimos meses a maioria têm apresentado coceira no corpo.
- A situação piora quando chove, pois a água escura que sai do cano cai em maior volume no rio.
- Nas margens do canal há um grande polo comercial de madeira e segundo os comerciantes o problema do esgoto já começa a afetar o comércio da região. 
- Além de poluir e prejudicar a saúde dos moradores o problema tem comprometido as vendas, pois o fedor tem afastado os clientes.

Fotos de Rogério Castelo

Caminhões trafegam com frequência...
É o comércio madeireiro, dos principais na região...
O IMAP tem intensificado as fiscalizações...
Grande parte da extração madeireira na Amazônia está na irregularidade.
Muitas ruas estão em péssimas condições, se agravando na época de chuvas.
Despejo de lixo...
Prejuízo à saúde publica e ao meio ambiente.
Lá no fundo o encontro com o Rio Amazonas.
Este é o Canal das Pedrinhas, sua comunidade e alguns de seus problemas. 
Veja também:

quarta-feira, 6 de junho de 2012

BAIRROS DE MACAPÁ - O Bairro do Trem (Parte 3)

Em 04/08/2011 a TV-AP exibiu o programa "Fala Comunidade: Bairro do Trem" expondo um pouco de sua história, suas principais dificuldades e carências. As informações exibidas foram:

Está localizado no meio do caminho de quem vai para as zonas sul e norte de Macapá. 
As principais e mais movimentadas vias são: as ruas Leopoldo Machado e Jovino Dinoá (dão acesso pra a Zona Sul de Macapá) e avenidas Diógenes Silva e Feliciano Coelho (ambas com meio-fio e de acesso ao bairro Buritizal).

A Prefeitura de Macapá iniciou este ano um projeto de paisagismo de locais públicos com o reaproveitamento de pneus. Na Av. Feliciano Coelho podem ser observados em boa parte da extensão. Ficou muito legal.
O fluxo de veículos passando pelo bairro aumenta a cada dia e o trânsito agitado preocupa os moradores.
Av. Diógenes Silva
Av. Diógenes Silva
Em alguns pontos, como no cruzamento da Rua Leopoldo Machado com a Av. Diógenes Silva, o problema já foi resolvido com a instalação de semáforo (colocado ano passado, após inúmeros acidentes naquele ponto).
Neste mesmo cruzamento também já é costume uma turma de amigos se reunir para assitir jogos de futebol. Essa casa é de familiares (pais) dos irmãos  ALDO (ex-lateral campeão brasileiro em 1984 pelo Fluminense) BIRA BURRO (centroavante campeão brasileiro pelo Internacional de Porto Alegre em 1979).
Há ainda problemas de sinalização em várias esquinas (muito movimentadas em horários de pico).
Os pontos críticos são os cruzamentos:
- Rua Odilardo Silva com Av. Feliciano Coelho
- Rua Jovino Dinoá com Av. Diógenes Silva
- Rua Leopoldo Machado com Av. Desidério Coelho
- Rua Jovino Dinoá com Av. Cônego Domingos Maltês
(Estes dois últimos felizmente têm faixas de segurança, melhor para os pedestres. Nos horários de pico ficam muito movimentados e há motoristas, sem a preferencial, que acabam se impacientando e atravessando na frente dos que vêm pelas ruas Jovino e Leopoldo. Muito do intenso movimento se deve ao perímetro com 02 escolas e as respectivas ruas serem de acesso - entrada ou saída - para a Rodovia JK).
Um pouco de história 

Logo após a instalação do governo territorial, foram encontrados no começo da Av. Feliciano Coelho, vestígios de alguns trilhos de trem, que possivelmente serviram às carretas que transportavam material para a construção da Fortaleza de São José de Macapá, no século XVIII. Devido a isso o bairro ficou com o nome de Trem. 
Abertura da Av. Feliciano Coelho e construção da Sede do Trem - 1952

Ali foram construídas as primeiras casas para abrigar os operários que chegavam ao Amapá, para construir os prédios públicos do Território. Por este motivo o local ficou conhecido como Bairro Proletário.
Se o ano da foto acima  estiver exato, 60 anos depois... (Imagem de 12/06/2012)
No Trem encontramos a sede do Trem Desportivo Clube, que teve como fundadores Bellarmino Paraense de Barros, Benedito Malcher, os irmãos Osmar e Arthur Marinho, Walter e José Banhos, além de outros.
 
Sede do Trem Desportivo Clube, no início da Av. Feliciano Coelho.
Olha aí umas garotas batendo uma bolinha. Nessa quadra acontecem também, eventualmente, shows diversos. Ano passado fui ver aí a apresentação do cantor gospel Thalles Roberto.
Ahááá... Mais uma arte em muro! A sede tem também a pintura de um trem no seu. Faltaram alguns vagões, vou ainda registrar de forma mais decente. É uma pena que em Macapá não encontremos muito dessa arte nos muros.
O Cine Imperator é outra atração do bairro.
portalnabalada.com/cineimperator
É um dos poucos em Macapá e o primeiro a exibir filme 3D. Como curiosidade, os primeiros filmes desse tipo exibidos em Macapá foram:
"Winter, o Golfinho" - Primeiro 3D analógico (em 03/10/2011)
"Motoqueiro Fantasma 2" - Primeiro 3D digital (em 20/02/2012)

Em 01/05/1950 foi fundada a primeira escola do bairro, a Escola Estadual Alexandre Vaz Tavares, em homenagem ao poeta e político macapaense. Na foto o governador Janary Nunes hasteia a bandeira nacional durante a inauguração. (Click no link do porta-retrato-ap.blogspot.com.br e veja informações adicionais, históricas e interessantes sobre essa escola, organizadas por João Lázaro). Nessa mesma data, em uma cerimônia que contou com a presença do então monsenhor Aristides Piróvano, do padre Antonio Cocco, do governador Janary Nunes e seu secretariado, foi lançada a pedra fundamental da Igreja de Nossa Senhora da Conceição que fica em frente a Praça da Conceição.
Alunos do Alexandre voltando às aulas em 11/06/2012 após a greve dos professores (que manteve paralisação por mais de 40 dias). 
Praça da Conceição - 04/02/2012 (quando um parque estava instalado)
Vira e mexe aparece um na praça. Este aí foi no aniversário de Macapá (em fevereiro), mas costuma também ser após a Expofeira, no segundo semestre.
 A praça não está mais arborizada?
 Foto de 1989 (Foto: Biblioteca da Prefeitura Municipal de Macapá)
Muito disso se deve a iniciativas pessoais. Vi muitas vezes um cidadão por conta própria carregando baldes, regando e cuidando de árvores quando bem pequenas.
Percebe-se que muitas árvores são bem jovens.
Uma praça sem árvores é muito sem graça! 
Tem que ter também banca de revistas, olha aí a do Trem!
...Falando em árvores, ainda encontramos várias destas no Trem. Segundo me falaram são faveiras. Estas são do canto Feliciano Coelho/Odilardo Silva. Transmitem-me beleza e uma nostalgia que vou tentar explicar (olha, sugiro que vá para outro site/blog se não gostas de bobagens).
Como ia dizendo... São árvores bonitas, me fazem lembrar do tempo em que se viam muito mais destas, florescendo para nossa alegria (olhai, olhai, olhai!)... e também lembro daquela que existiu na frente de minha casa. Não sei o que acontece, elas crescem até um ponto em que os ramos não se estendem mais para cima, e sim "para os lados e para baixo".
Diz aí se não tenho razão... Essa madame dá o ar de sua graça na Av. Feliciano Coelho.
  
... Então, não contendo mais seu próprio peso e estimuladas por um vento mais forte... Zás!!! Desaba no duro asfalto a florida árvore.
  
Geralmente... o seu fim.
Aí um modismo em Macapá vai ganhando mais espaço. Há uma propagação de árvores como o Ficus. Crescem rápido, dão sombra e o povo gosta de aparar à seu gosto. Ah.. eu penso que esta em destaque na foto seja um oitizeiro (na Av. Diógenes Silva). Falha nossaaaa!!
Esses são ficus, na Av. Desidério Coelho 
... Eu sou você amanhã!!! Muita gente não sabe é que o ficus cresce rápido e até demais. Tem umas raízes profundas que competem e prevalecem sobre outras plantas. Esses aí estão na Av. Desidério Coelho, próximo à Rua Odilardo Silva.
E ainda têm um tronco parece surgido de uma floresta assombrada. Eu não vou dizer que a árvore é feia né! Muito menos sem valor. Uma árvore é uma árvore... melhor que o duro concreto sem vida, sem sombreamento, sem graça, sem nada. Mas se dá para escolher, ponhamos as floridas árvores ou semelhantes às faveiras. Olha o caso de Belém, cidade das mangueiras. Aqui cidade dos ficus não cola... Poderia ser também cidade das bacabeiras. Afinal, Macapá deriva do Tupi e significa lugar das bacabas, das bacabeiras. Destas, basicamente, têm umas na na frente do Teatro das Bacabeiras. Será que consegui explicar minha nostalgia??  Ah... mais umas bobagens minhas.
Essa amassadeira (vitaminosa) tem um açaí muito bacana,
lá na Odilardo Silva, atrás do Alexandre.
Ah... Já que eu dedico um tempo para... banalidades para uns... amenidades e registros para mim... olha aí mais um ponto bacana no Trem. Égua! Tarantão, tu pensa que é brincadeira!? Essa padaria só faz pão caseiro do filé na manteiga meu mano e é percurada por gente de várias partes da cidade! Tá lá sumano, defronte ao Cine Imperator.
Lanchonetes nas praças. Aí está uma da Praça da Conceição. Têm várias lá, como é comum e se espera encontrar nas praças. Sabias que em Macapá está vigorando uma lei municipal que obriga estes vendedores fixos a serem responsáveis pela limpeza do perímetro onde se instalaram, caso contrário serão removidos. Veja aqui uma reportagem da TV-AP em maio/2012 sobre isso . Deveria se aplicar também a bares que contribuem para a poluição de locais públicos. Oras, já vi uns que fornecem bebidas a pessoas em meio-fio e colocam até mesa.
A Paróquia da Conceição. Sempre tive desejo de subir nesta torre e registrar a imagem da praça. Dia 10/06/2012 fui lá, faziam cerca de 25 anos que não entrava aí (não sou católico romano).
Lembro ser uma igreja muito colorida, com suas pinturas em cores fortes.
Esta é minha principal lembrança: os quadros em alto-relevo mostrando a VIA CRUCIS (o trajeto seguido por Jesus carregando a cruz até o Calvário). Eles se espalham pelas colunas no interior da igreja. Aproveitei e registrei tudo, mediante autorização.
As cenas (também chamadas Estações) são assim descritas na liturgia católica:
01) Jesus é condenado à morte
02) Jesus carrega a cruz às costas
03) Jesus cai pela primeira vez
04) Jesus encontra a sua mãe
05) Simão Cirineu ajuda a Jesus
06) Verônica limpa o rosto de Jesus
07) Jesus cai pela segunda vez
08) Jesus encontra as mulheres de Jerusalém
09) Terceira queda de Jesus
10) Jesus é despojado de suas vestes
11) Jesus é pregado na cruz
12) Jesus morre na cruz 
13) Jesus morto nos braços de sua mãe
14) Jesus é sepultado
Painéis nas paredes. Deixa eu ver... Vejo aí representações da última ceia, da anunciação e da natividade.
Mais observações de um tolo e metódico curioso. Próximo ao teto vemos 10 pinturas de cenas e personagens bíblicos (Moisés e as tábuas dos 10 mandamentos, a travessia do Mar Vermelho, a Sagrada Família, a Ascensão de Jesus, a Anunciação, a Natividade e 4 representações de apóstolos... Sei lá a quem se refere, mais sei que a representação do Apóstolo Paulo sempre é de um calvo... estava lá representado).
Algumas das ilustrações. Dá para lembrar que neste mundo tenebroso Deus enviou os profetas para propagar sua palavra e guiar seu povo, diante das adversidades, à uma terra prometida. Enviou também seu Filho Único - Jesus - Missionário da redenção e Propagador do Evangelho, que venceu a morte e subiu aos céus, para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (João 3:16)
É o sobe aí não...
Como falei, fui lá para subir na torre e registrar uma imagem da praça, mas a realidade que vi rapidamente me desanimou. O acesso se dá de maneira muito perigosa por uma simplória escada. Ainda tentei, só que, definitivamente, de loucura já me basta ser esquisito como um Gregor Samsa. Haja coragem meu filho, para se aventurar aí! Quando a sensatez grita nos ouvidos, essa é a melhor opção. Não sou Quasímodo para perambular por torres no meio de sinos... Só a cara. 

Fiquei muito satisfeito com essa imagem que fiz da praça.
Pode não ser do jeito que queria, mas foi lá da torre.
Entendo melhor agora o valor dessa foto de Jorge Costa (2008)
Olha só! Quem se interessa por história pode gostar desta coleção de fotos na igreja. É o mostruário de todos os padres que passaram. Por exemplo: Dom Anselmo Petrulla (01/02/1949 - 15/11/1949), Pe Antonio Cocco (1949-1959), etc e tal.
Mais uma sede de clube amapaense no bairro. É nova e foi inaugurada em 15/05/2010. O Ypiranga e o Trem estão na elite do futebol do Amapá.
Que interessante essa casa e seu jardim, próxima ao SESI. Os ramos floridos se espalham por todo o telhado (parte anterior) em um buquê gigante.
A sede do MV 13 na rua Odilardo Silva.
Clube no futebol amador. 
Escola Santinha Riolli
No bairro encontramos também a Escola Santina Riolli, o Museu Sacaca (ainda vou fazer uma postagem específica com imagens de lá), a sede do SESI e o....
...Centro de Educação Profissional em Artes Visuais Cândido Portinari, na Av. Acelino de Leão (fazem dois anos que a escola de artes está instalada no local - ainda vou dedicar um post melhor a isso).
Encontramos ali obras de talentosos artistas, de expressiva sensibilidade como:
Irê Peixe
 Damasceno
Os temas amazônicos são os meus preferidos nas pinturas, como admirador...

O Trem é um dos bairros mais tradicionais de Macapá. Estas são algumas imagens, uma janela  para se conhecer um pouco do bairro. 

Fonte: Baseado em portalamazonia.com.br