As postagens desse blog são em caráter informal, de apego ao saber popular, com seu entusiasmo, exageros, ingenuidade, acertos e erros.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Parabéns, Inara Castelo!

Hoje é seu dia, parabéns minha irmã!!

Áreas de Ressaca em Macapá (Vídeo SBT-AP/2011)

Mais um material para o estudo e educação ambiental, sobre as ÁREAS DE RESSACA EM MACAPÁ
Vídeo exibido no "Programa Meio Dia" (SBT-AP, em 08/10/2011)
Duração: 6 minutos e 38 segundos 


Narração: Waldo Santos / Imagens: Diego Fábio & Márcio Bacellar 
Texto e Direção: José Menezes / Edição: Romero Lima
Veja AQUI
Pontos abordados:
- A falta de saneamento básico e sistema de esgoto sanitário, destruição do local de preservação, riscos de doenças (como dengue, malária e leptospirose), são a realidade vivida constantemente por quem, sem opção, escolheu as áreas de ressacas para morar. Só na capital mais de 30 mil famílias ocupam esses locais, que servem para esfriar naturalmente o calor das cidades. As ressacas quando limpas são berçários de peixes, plantas e pássaros, mas sem os devidos cuidados a natureza fica penalizada.
- Ressaca é uma expressão regional do Amapá: são as pequenas áreas litorâneas que servem como reservatório natural de água (o Plano Diretor de Macapá/2004 dá a seguinte definição no artigo 5º, parágrafo 4º: Entendem-se por ressacas, as áreas que se comportam como reservatórios naturais de água, apresentando um ecossistema rico e singular e que sofrem a influência das marés e das chuvas de forma temporária.)
- Funcionam também como corredores naturais de ventilação, diminuindo o clima quente na capital.
- A ocupação desses lagos compromete o escoamento da água das chuvas, ocasionando antigos problemas de alagamento e sérios riscos para os moradores desses locais.
- A falta de saneamento básico, infra-estrutura, acúmulo de lixo, armazenamento de fezes humanas, água parada, e muitos outros problemas, deixam os moradores sujeitos à doenças.
- Apesar da existência de uma lei que protege esses espaços desde 1999 (Lei Estadual 455, de 22/07/99 - sobre a delimitação e tombamento das áreas de ressaca localizadas no Estado do Amapá - veja o texto AQUI) essas áreas continuam sofrendo impactos provocados pela destruição da vegetação nativa, depósito de lixo e esgoto sanitário.
- No Bairro do Congós (zona sul da capital) cerca de 17 mil e 200 famílias moram no alagado, sem qualquer estrutura, como consequência do crescimento urbano desordenado nos últimos anos. As pessoas sabem dos riscos, mas não tem outra alternativa.
- Os problemas nas áreas de ressacas estão por todos os lugares. Além da falta de água potável o emaranhado de fios elétricos é uma prova do perigo que os moradores correm devido a deficiência de distribuição de energia elétrica. - O vídeo mostra também alguns relatos tristes e dramáticos de moradores destes locais.

 
 Mais imagens do vídeo

Dada a importância do assunto, resgato um folder da Prefeitura Municipal de Macapá, referente ao ano 2009.

O folder (elaborado pela SEMUR - Secretaria Municipal de Manutenção Urbanística) objetiva o esclarecimento e orientações sobre a importância das ressacas e a adoção de práticas educativas.
Entre outros aspectos, o folhetim mostra:

- Esses ambientes são frágeis e sensíveis a qualquer interferência negativa do homem, principalmente quando ocupadas por moradias, pois há o despejo de lixo e esgoto.
- O aterramento das áreas contribuem para inundações locais.

Mais informações sobre ressacas podem ser obtidas
É um dos temas de maior procura 
e que deveria ter mais atenção por parte dos governantes.

Veja também:
- Macapá e suas Ressacas

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

LANÇAMENTO: Santuário (Andrew Oliveira)

Em 30/09/11 foi lançado o livro "Santuário" de Andrew Oliveira.
O evento ocorreu no SESC-Centro no VI Banquete Literário.
Projeto de prestígio às artes e seus talentos em Macapá City.
O livro é uma coletânea de poemas de um jovem talento... afãs da mocidade. Materialização em palavras de uma percepção jovial, com sua emotividade e individualidade,  na  fundamental, reveladora, marcante e, tantas vezes, inconsequente necessidade da experimentação. Divide-se em 3 partes - a carne, o lugar e o espírito - e transcreve a visão e emoção de um poeta em sua maior jovialidade... Particularidades de uma juventude, santuário de percepções e emoções.... Andrew Oliveira é amapaense, nascido em Macapá no ano de 1994, estudante, escritor, fotógrafo e poeta.  

Lacuna
E se restar apenas um pedaço de amanhã
Irei à busca de um novo alvorecer.
E se restar apenas um pedaço de mim
Irei silenciar o arco - íris falador.
E se despedaçar algum desejo platônico
Irei segurar aquele coração ignaro.
E se despedaçar o muro que divide o mundo
Irei consertar o que se quebrou com o tempo.
E se tudo a minha volta esvair - se rapidamente
Terei que explodir o otimista em mim.
E e todos os passos que dei não reaparecerem
Congelarei - e em uma geladeira covarde.
E se as sugestões das cordas forem reconhecidas
Ficarei confuso na cidade poluída com paredes.
E se meu lado forte for rebaixado
Terei que criar um novo lado.
E se através de toda a culpa ainda sobrar um superior
Tentarei até conseguir a oferenda santa.
E se eu for abraçado pelos braços subentendidos
Aquecerei - me com as chamas do Sol.
E se eu for beijado pelos sentidos magníficos
Serei cuidadoso com o sombrio escolhido.
E se eu for tocado pelos carinhos atravessados
Colherei frutos de uma paixão satisfeita.
E se restar
Apenas um pedaço
De amanhã
Irei à busca de um novo alvorecer.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Corredor de Biodiversidade do Amapá (Folheto CI-Brasil/GEA/SEMA - 2009)

Criado em 2003, o Corredor de Biodiversidade do Amapá integra 12 unidades de conservação e 05 terras indígenas. 
São mais de 10 milhões de hectares, ou quase 72% do Estado do Amapá, na região do escudo das guianas (considerada a maior área de florestas tropicais protegidas do mundo). 
O objetivo do Corredor é conciliar a conservação da natureza com o desenvolvimento social e econômico. (Fonte: conservation.org.br)
"Nesse sentido, a publicação do Corredor de Biodiversidade do Amapá traz uma síntese de como as políticas públicas foram vinculadas a planos de ação que tenham, como meta fundamental, preservar o meio ambiente local sem deixar de, por meio de ações ordenadas e pré-definidas, ampliar a rede de aproveitamento desses recursos, a fim de gerar melhorias na qualidade de vida."
(A.W.G.S - Apresentação da obra) 

A publicação tem 44 páginas e foi produzida pela CI-Brasil (Conservação Internacional), Governo do Amapá (GEA) e Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA).
Está disponibilizada para download no site da Conservação Internacional.
SUMÁRIO:
- A Amazônia e sua importância global
- A Amazônia
- Biodiversidade amazônica
- Estratégias para conservar a biodiversidade
- Corredores de Biodiversidade
- O Amapá: sua gente e seus ecossistemas
- O Amapá e sua biodiversidade
- O Corredor de Biodiversidade do Amapá
- A contribuição da Conservação Internacional (CI)
Se você se interessou por esta obra, veja também (no site da conservation.org.br) o livro Corredor de Biodiversidade do Amapá, que é este mesmo folheto aqui on-line com os textos em português/inglês. 
Está disponível para download, junto com outras boas publicações sobre meio ambiente.

Para mais informações consulte o acervo da

Veja também: 

sábado, 24 de setembro de 2011

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

LANÇAMENTO DO LIVRO: O Fetiche do Emprego (Manoel Pinto)

Nesta quinta-feira (22/09/11) ocorreu o lançamento do livro "O FETICHE DO EMPREGO - UM ESTUDO SOBRE AS RELAÇÕES DE TRABALHO DE BRASILEIROS NA GUIANA FRANCESA (Iglu Editora, S. Paulo, 2011)""  do Profº Manoel de Jesus de Souza Pinto

SUMÁRIO

Capítulo 1 - Migrações internacionais, globalização e mudanças no mundo do trabalho.
Capítulo 2 - História, fronteira e ciclos migratórios
Capítulo 3 - Caracterização do movimento migratório para a Guiana Francesa
Capítulo 4 - Guiana Francesa: história, fraturas étnicas e processos migratórios
Capítulo 5 - O fetiche do emprego: relações de trabalho de brasileiros na Guiana Francesa
Capítulo 6 - Imigrantes, trabalhadores e ilegais: uma etnografia da clandestinidade.


 O evento foi no Auditório da Reitoria da UNIFAP. 
A obra já recebeu o Prêmio NAEA/2008 de tese de doutorado, foi recentemente lançada em Caiena e faz uma abordagem das relações de trabalho de brasileiros na Guiana Francesa. 
A pesquisa reconstruiu a história das primeiras migrações de trabalhadores brasileiros (década de 60), além de abrir uma dicussão sobre a própria sociedade guianense. Um estudo tratando da imigração ilegal e consequências da clandestinidade para esses trabalhadores. Relexão sobre o nosso tempo-presente, pleno de contradições raciais, econômicas, políticas, culturais e sociais.
O autor disponibilizou um exemplar para o acervo da Biblioteca  Ambiental da SEMA em Macapá.

Contatos com o autor:
manoel-pinto@bol.com.br

terça-feira, 20 de setembro de 2011

APA Curiaú: um paraíso ecológico dentro de Macapá (Vídeo - 2007)

A Área de Proteção Ambiental do Curiaú, região próxima a Macapá, possui uma área maior que 2o mil hectares, preservada e protegida como patrimônio cultural e ecológico. Os rios, lagos, floresta e a várzea do local mostram um belo cenário natural, fazendo a alegria das garças, marrecos, jaçanãs, mergulhões e outros pássaros. A área é povoada em sua maioria por comunidade de negros e a tradição do Marabaixo é difundida e transmitida através das gerações. 
(Texto:  overmundo.com.br)



Este documentário faz uma abordagem histórica, ecológica, cultural e turística da APA do Rio Curiaú que, além de  grande interesse e importância ecológica-cultural, também abriga uma histórica comunidade remanescente de quilombo.


Vídeo de ROSA DALVA, RAIMUNDDO NIVALDO e SUELLEM COSTA (apresentado a Faculdade SEAMA, em Macapá 2007, como requisito final para a graduação em Jornalismo e encaminhado a Biblioteca Ambiental da SEMA por Rosa Dalva - Autora/Jornalista/Gerente da Biblioteca)

Ficha Técnica:

Faculdade SEAMA
Acadêmicos: Raimunddo Nivaldo / Rosa Dalva / Suellen Costa
Orientadora: Jacinta Carvalho
Narração: Rosa Dalva
Roteiro: Suellen Costa
Imagens: Dioni Willian / Oziel Coutinho
Imagens cedidas: Arquivo Junior Duarte / Uma Verdade Inconveniente / Soja em nome do progreso Greenpeace / Nas cinzas da floresta
Trilhas: Música Popular Amapaense / Zé Miguel / Amadeu Cavalcante / Marabaixo Mazagão
Produção: Tumucumaque Áudio e Vídeo
Duração: 23 minutos e 33 segundos

Pontos abordados:
- Em muitos lugares, neste exato momento, a natureza está sendo exterminada, restando a ela apenas gritar por socorro... gritos manifestados por diversos fenômenos. O homem vem degradadando o meio ambiente para dar lugar ao capitalismo e com ele vem  a poluição, a fome e o desperdício dos recursos naturais. 
- A humanidade vem sustentando uma guerra a qual ela jamais vencerá, pois esta guerra é contra nós mesmos, porém, as cicatrizes desta batalha vão ficando: aquecimento global, o efeito estufa, as chuvas ácidas... problemas ambientais que, se não conseguirmos obter uma consciência coletiva, os pagadores deste preço serão nossas futuras gerações. É isso que você deixará para seus filhos e netos? O que fazer para viver em harmonia com a natureza? Quais as alternativas existentes? Como preservar e conservar o nosso meio ambiente? O que podemos tomar como modelo?
- No Estado do Amapá, ao norte do Brasil, está localizado um patrimônio cobiçado por sua variedade biológica, que possui ainda uma biodiversidade rica e reconhecida internacionalmente por seus potenciais.
- O Amapá ganha destaque por ser o estado brasileiro com menor índice de devastação de florestas, possuindo mais de 50% de suas áreas protegidas, que inclui as ÁREAS INDÍGENAS e QUILOMBOLAS.
-Na década de 90 o Amapá ganhou a primeira APA do estado, classificando-se inicialmente como Área de Relevante Interesse Étnico e Cultural (ARIEC), porém, seu estatuto não resolveria a ameaça à cultura da população local, sendo substituída em 1992 pela Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Curiáu, que em setembro de 1998 passou a ser protegida pela Lei 0431 sancionada pelo então governador João Capiberibe com o objetivo de conservar e preservar a região.
- "A APA tem uma importância tão grande quanto uma área de proteção integral porque ela vem harmonizar e ordenar uma relação do meio ambiente com o homem. O homem está dentro do meio ambiente, mas quando não há esse ordenamento, não há também a necessidade de se fazer uma preservação de alguns patrimônios ambientais que existem dentro daquela determinada região... Quando você cria uma APA, você começa a harmonizar essa relação... Você consegue dar as condições de sobrevivência do homem naquele local, dando a possibilidade de exploração dos recursos naturais e também reserva determinada região ali, a partir de um zoneamento na APA, para que tenha garantia da preservação e da perpetuação daqueles bens ambientais." (Marcelo Creão - Secretário da SEMA-AP, em 2007).
- A APA é destinada a coibir a degradação ambiental, além de provar que o homem é capaz de viver lado a lado com a natureza, idéias que fazem parte do desenvolvimento sustentável. 
- A APA do Rio Curiaú, ao norte de Macapá, abrange uma área com aproximadamente 22 mil hectares. Seus moradores são na maioria negros remanescentes de antigos quilombos que chegarão na época da Fortaleza de São José de Macapá, no século XVIII, e que formam hoje as comunidades de: CURIAÚ DE DENTRO, CURIAÚ DE FORA, CURRALINHO, CASA GRANDE e MOCAMBO.
- A vegetação é formada por campos inundáveis, matas de galerias, cerrado, ilhas de matas e ainda rios e lagos.
- Já a fauna, embora mais escassa em algumas áreas, em outras ainda é capaz de surpreender.
- Vamos começar uma viagem fascinante pela APA do Rio Curiaú, situada dentro da capital amapaense, Macapá.
- Iremos agora ao Mocambo, comunidade mais próxima da zona urbana de Macapá, dividido apenas pela Av. Raimundo Neri de Matos, que faz fronteira entre a APA e o Bairro Novo Horizonte. A estrada até as margens do Rio Curiaú é de terra e com as chuvas dificulta a chegada até o local. As placas, além de confirmar a chegada, relembram aos visitantes a importância de se preservar o lugar. Mocambo é o nome designado pelos moradores como uma região de refúgio dos antigos escravos. Nela encontramos grandes áreas de mata fechada e quem penetrar por ela pode encontrar muita aventura. Seus moradores, nem sempre negros quilombolas, são na maioria pessoas que chegaram antes da criação da APA, que ainda lembram fatos marcantes e históricos. Nesta parte da APA a convivência com a natureza é direta e deparar-se com um animal silvestre ainda é comum para seus moradores, mas que nunca deixará de ser emocionante. A cultura é predominante nesta exuberante comunidade e apresentar uma de suas lendas exigiu horas de encorajamento, da equipe ao nosso guia (referência a lenda de um suposto protetor da mata)
- Mais à frente está a comunidade de Curiaú, que está dividida em Curiaú de Dentro e Curiaú de Fora, nomes usados para diferenciar o local da entrada do povoado como local mais próximo do lago. Estão no centro sul da APA e concentra o maior número de habitantes. A Vila do Curiaú destaca-se por ser também a mais desenvolvida no campo da economia, turismo, educação e saúde. No mês de julho, quando o lago está cheio, a visita de banhistas é intensa, principalmente no deck às margens da Rodovia AP-70. Este infelizmente não está apresentando as melhores condições e seu verdadeiro fim de satisfação aos visitantes não vem sendo alcançado. A memória dos antepassados aqui também é bastante lembrada. "... Na Ilha do Cipó é onde ficam enterrados nossos antepassados e fica um pouco longe da comunidade pelo fato que acreditavam que as almas pudessem chegar na vila, então o cemitério ficava numa ilha para eles não atravessarem até a vila... está desativado fazem dois anos porque agora o cemitério localiza-se atrás da Igreja de São Joaquim, no Curiaú de Fora" (Relato de Willy Miranda - Agente Comunitário). Aqui os costumes e a sabedoria seguem gerações.
- Partimos para a comunidade de Curralinho, na chegada já se pode observar o que seria uma guarita de fiscalização destas áreas, mas que por falta de continuidade de políticas direcionadas a preservação do meio ambiente não conseguiram fluir. Nesta localidade empresários e políticos conseguiram apossar-se de uma extensa área que traz preocupações quanto ao futuro social, ambiental e cultural deste povo. A economia das família do Curralinho gira em torno do plantio da mandioca, do qual é feita a farinha e o tucupi. A vida no curralinho é bastante rústica, mas seus habitantes têm consciência da importância que tem este lugar e tentam dentro do possível viver em parceria com a natureza. "... As pessoas vivem mais do peixe, esse negócio de caça não... As pessoas de fora estão invadindo o rio e está ficando muito difícil de pescar..." (Relato de Dulcinea Ramos Lobo - Agricultora local)".
- Nossa viagem pela APA termina na comunidade de Casa Grande. Um pequeno número de moradores do local imitam a vila às margens da Rodovia AP-70. "... Aqui na casa Grande tinha muita coisa, hoje não tem nada, querem acabar com o que a natureza deixou..." (Bernardo Chagas - Morador local). Esta mudança deve-se aos impactos sofridos com a ação do homem, logo os impactos originam traumas ecológicos que podem ser sentidos pelos seres vivos.
- A APA do Curiaú também é alvo de danos que vão do lixo deixado pelos visitantes à criação de búfalos no local. 
- Apesar dos problemas ambientais existentes na APA eles ainda são toleráveis e acredita-se que a consciência coletiva vem alastrando-se pelos verdadeiros herdeiros destas terras: os amapaenses.
- A APA do Rio Curiaú surge como um exemplo a ser seguido pela humanidade, em que usar os recursos naturais é permitido, desde que a perpetuação das espécies seja garantida para uso das futuras gerações.
- O Amapá possui riquezas incalculáveis, mas a valorização deve partir primeiramente de todos os amapaenses. A consciência não seja apenas na preservação  da  fauna e flora, mas também na conservação de sua história, cultura e identidade. É o que nos leva a pensar na importância de uma reflexão feita por Mahatma Gandhi: 
"Cada dia a natureza produz o o suficiente para nossa carência. Se cada um tomasse o que lhe fosse necessário, não havia pobreza no mundo e ninguém morreria de fome."
Uma excelente fonte de pesquisa para a comunidade estudantil, 
pesquisadores e população em geral.
O documentário pode ser encontrado na Videoteca da
Contribua você também com seu conhecimento!
 Valorize nossas bibliotecas!

Veja também:

domingo, 18 de setembro de 2011

MUNICÍPIO: Cutias do Araguari (Parte 1 - O fenômeno natural da pororoca)

O Fenômeno natural da Pororoca é um dos espetáculos mais edificantes da natureza, que conjuga beleza e violência no encontro das águas do mar com as águas do rio Araguari. Conceitualmente, a pororoca - "grande estrondo" na língua indígena - é uma onda que ocorre em épocas de grandes marés oceânicas. Tais ondas de água doce formam-se em rios e baías pouco profundos, onde existe uma grande variedade entre a maré alta e a maré baixa, com maior propensão de massa líquida dos oceanos; força que na Amazônia é percebida, calculadamente, há mais de mil quilômetros. A Pororoca prenuncia a enchente. Alguns minutos antes de chegar, há uma calmaria, um momento de silêncio. 

 Fotos: ap.gov.br / Bruno Alves

As aves se aquietam, até o vento parar de soprar. Esse momento é quebrado por um barulho ensurdecedor. Ao longe, no horizonte, uma gigantesca onda de água avança rio acima destruindo tudo o que encontra pelo caminho. Pedaços de terra são arrancados das margens e árvores se curvam sendo derrubadas. No final do espetáculo, ouve-se um som parecido com o de marolas chegando à praia e tudo volta ao normal. As águas oceânicas, que avançam rio adentro, formam uma muralha que pode atingir até seis metros de altura com algumas dezenas de metros de comprimento que se movem rio acima com uma velocidade de 30 km/h. Assim que ela passa, formam-se ondas menores, os "banzeiros", que violentamente morrem nas praias. 


Em nenhum lugar do mundo, no entanto, o fenômeno é tão intenso como no litoral do Estado do Amapá. Ocorre com maior intensidade nos meses de janeiro a maior na "boca" do Araguari, Município de Cutias. É, sem dúvida, um dos atrativos turísticos mais expressivos que, embora temível, torna-se um espetáculo admirável por todos que a contemplam. Diferente do mar a Pororoca não é apenas a energia do vento tranformada numa onda. Carregando a força de uma maré, ela é como um degrau de água, quando passa, o nível do rio sobe. Para os surfistas, a onda mais longa do mundo é um sonho, pois o fenômeno traz o medo misturado à sensação de desafio. Além de muita adrenalina, o Surf na Pororoca oferece um contato íntimo com a natureza considerando que, o ar é o mais puro do planeta. (Fonte: Panfleto do Ministério do Turismo)
Veja também:

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Arthur Moreira Lima em Macapá!

Nesta quinta-feira (15/09/11) Macapá teve a grata satisfação de receber e prestigiar o pianista Arthur Moreira Lima, em seu Projeto "Um Piano pela Estrada".
A apresentação foi ao lado do Teatro das Bacabeiras e o povo pode conhecer ao vivo um pouco de Chopin, Bach, Villa-Lobos, Ernesto Nazaré, além de  Luiz Gonzaga. Um agradável passeio pela música clássica e primeiro encontro com  a música erudita para muitos.
O consagrado pianista tem se apresentado em um caminhão-teatro, percorrendo esse Brasil de meu Deus, desde o ano de 2003. Esta, precisamente, foi a apresentação de número 409, totalizando mais de 2.000 km percoridos.

Tem que se ter muito amor a arte
para tocar um grande projeto como este!
O caminhão chegou neste Estado via balsa e, para completar a jornada no país, faltam apenas os Estados do Amazonas e Roraima.
No concerto musical o pianista iniciou com "Jesus, alegria dos homens" de Bach e encerrou com um apoteótico Hino Nacional Brasileiro.
Muito tocante e emocionante a forma como se apresenta, sempre com o cuidado de citar antes a música, o compositor e fatos pertinentes à composição. Em cada gesto... dedilhar... música.. uma emoção derramada sobre as teclas a invadir e tocar sutilmente os corações.
Antes do evento principal, houve a apresentação de uma orquestra local do IMMES, formada por jovens e adolescentes de um projeto social. O coral do TJAP também se apresentou com músicas regionais, bem como um grupo de dança. O evento encerrou com apresentações do tradicional Marabaixo e um show do, então Secretário de Cultura, Zé Miguel.
Muito bonita as atrações e com temas sempre regionais.  
Só uma coisa a lamentar, as pessoas diretamente encarregadas do cerimonial ou protocolo, poderiam e deveriam ser mais cuidadosas  em anunciar sempre as apresentações, pois algumas não foram anunciadas - nem os artistas e nem as músicas. Muitos destas pessoas tinham preocupação maior de bajular a presença de alguns secretários de cultura que estão reunidos nesta cidade em um encontro nacional. Poderiam aprender com a  apresentação do pianista Arthur M. Lima. Ressalta-se também que, por conta da espera a alguma autoridades, como dos secretários, o evento atrasou. O que prejudica a presença das crianças, classe estudantil e população em geral - dependente de transporte urbano.
No mais, em um mundo de micaretas, funk, pagode, etc (cada um com suas preferências e importância a seu tempo), Macapá agradece a oportunidade de prestigiar este importante e não comum evento cutural.
Os concertos de Arthur Moreira Lima continuam no Estado do Amapá com a seguinte agenda nestes Municípios:

Macapá – 15 de setembro
Santana – 16 de setembro
Ferreira Gomes – 17 de setembro
Tartarugalzinho – 19 de setembro
Calçoene – 21 de setembro
Oiapoque – 23 de setembro

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Maycon Tosh (Biografia do cantor amapaense)

O cantor e compositor Maycon Tosh, filho da terra, teve um grande desafio quando seu pai Edgar Ferreira de Almeida (relojoeiro) morreu de câncer em Macapá.  
Aos 13 anos foi tirado da escola para uma viagem de pura aventura à Guiana Francesa, onde sofreu bastante , trabalhando na roça e na pesca.  
Em seu retorno para o Brasil, precisamente em Belém do Pará, sem dinheiro e sem ter para onde ir, dormiu na rua por algum tempo e conheceu pessoas de bom coração que deram-lhe abrigo e trabalho de ajudante de pedreiro,  limpador de fossas e vendedor de jornais. Atividades  transitórias. Até que conseguiu um emprego em uma firma de nome Construção Civil da Amazônia.   

 Arte de Amsterdan Barros
A volta para casa foi em 1987 e no ano 2000 teve sua grande oportunidade, quando conheceu Walber Silva, líder da Banda Negro de Nós, que conheceu e acreditou em seu talento e composições musicais. 
Trabalhou como rolder da banda por um tempo, gravou e dividiu o palco com a talentosa cantora Silmara Lobato e participou da gravação do CD Detonalcool's como vocalista, sem muito sucesso. 
Resolveu então trabalhar no seu primeiro projeto fonográfico Luz de Mercúrio, com a música-título Religião.

Maycon Tosh teve o privilégio de curtir na década de 80 grandes clássicos  nacionais (Titãs, Legião Urbana, Camisa de Vênus, etc) e as grandes bandas internacionais como Iron Maiden, Metallica, AC/DC, Deep Purple, Motorhead... 
Sua infância também está muito ligada a música e  várias vezes fugia de sua casa para escutar Roberto Carlos, The Fevers, Renato & Seus Blue Caps, entre outros, na casa de um relojoeiro amigo de seu pai.
Em busca de seus sonhos M. Tosh participou do I Festival de Música Macapá Shopping Center (com duas canções de sua autoria: "Noite de Natal" e "Hoje a noite estaremos juntos") e  do I Festival de Novos Talentos do Programa do Fautão (ambos na década de 90).
Agora é a hora da verdade! 
Depois de vivenciar sofrimento, tristeza e exclusão social, Maycon Tosh transformou aventura, poesia e injustiças em música. Puro rock nacional do norte! Agora está pronto para lançar o seu grande sonho...
A ong CAAB G20 é outra  de suas aspirações e está doando 10% de tudo que ganha como artista a projetos sociais de ajuda à crianças pobres e em situação de risco no Estado do Amapá, com incentivo à leitura, esportes, arte, teatro,   música e educação ambiental. 
...E seja o que Deus quiser!


O CD tem a participação de grandes músicos locais, como : Odilon acácio (Taronga), Fábio Mont' Alverne (o Rato), Pepeu, Ito Delamancha (Edvan), Toninho Brandão, Mário Jr,  o técnico e produtor João de Deus e seu filho Edgar Jr, o "Mr Boeing".
12 Composições de Maycon Tosh
Conto com essa galera de Macapá 
e aguardo no lançamento do meu CD.
Maycon Tosh
15/09/2011
maycon.tosh@bol.com.br
(96) 8803-8028
(96) 3223-5752