As postagens desse blog são em caráter informal, de apego ao saber popular, com seu entusiasmo, exageros, ingenuidade, acertos e erros.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Meninas amapaenses ganham prêmio nacional em literatura

Meninas do Amapá foram premiadas em um projeto do Governo Federal  chamado "Contadores de Histórias Encantadas" (uma ação educativa dirigida aos professores e alunos de 4º e 5º anos de Ensino Fundamental). As mesmas foram as primeiras colocadas na Região Norte, em um concurso cultural  que teve a participação de 9 mil alunos e seus 1.137 professores e professoras. 

Veja a reportagem da TV-Record (AP), de 10/11/2011, NESTE LINK

O nome das meninas, suas escolas, professoras e, principalmente, o título de suas produções (que serão publicadas junto com demais vencedores em um livro) estão a seguir.
Região Norte
1° lugar - Aluna: Sandra Oliveira Ferreira
                 História: “Homem-cobra”
                 Professora: Cilene de Lima
                 EE Profª Josefa Jucileide Amoras Colares (Macapá)
  
                 • Aluna: Samara do Nascimento
                 História: “Chico e o rei dos peixes”
                 Professoras: Cilene de Lima / Gercilene Vale
                 EE Profª Josefa Jucileide Amoras Colares (Macapá)
  
                 • Aluna: Kássia de Oliveira Brito
                 História: “O Esperto”
                 Professora: Judinete do Socorro Alves de Souza
                 EMEF Mª de Nazaré Souza Mineiro (Laranjal do Jari)

Fonte da Consulta: historiasencantadas.com.br
Parabéns às meninas! 
Viva o Amapá! 
Viva a literatura! 
Viva a cultura

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O Arquipélago do Bailique (Distrito de Macapá)

Mapa: Bailique (CAACES - 2000)
O Arquipélago do Bailique - Distrito de Macapá - é composto por oito ilhas (Bailique, Brigue, Curuá, Faustino, Franco, Igarapé do Meio, Marinheiro e Parazinho) onde residem cerca de 7 mil habitantes distribuídos em pouco mais de 40 comunidades. 
Destas ilhas duas não são habitadas: Ilha do Meio e Parazinho, onde está situada a Reserva Biológica do Parazinho (área de proteção integral que desenvolve um importante projeto de preservação de quelônios da Amazônia - Projeto Q-AMA). 
O ecossistema é constituído de florestas de várzea, campos naturais, igarapés, manguezais e praias (IEPA, 2004). 
Dista cerca de 185 km da capital Macapá, com acesso pelo rio Amazonas. 

Fotos: Pôr-do-sol no Bailique (Geysa Moura) / 
Ribeirinho (http://www.geopolitica.freewebpages.org/)

A vegetação do arquipélago nas margens dos rios é constituída, na sua maioria, de aturiás, siriubas e tabocas.
 Adentrando, encontra-se arbóreas de diferentes espécies, das quais destacam-se açaízeiros, ucuubeiras, andiroba e pau-mulato
Mapa: extensaobailique.blogspot.com

Encontramos nas ilhas planícies fluviais inundáveis, constituídas por uma sedimentação mista: marinha e fluvial. Parte das ilhas estão sujeitas à inundações, ocorrendo nas margens um processo contínuo de erosão com queda frequente de barrancos, provocado pelas marés e correntes. A terra dos barrancos normalmente é depositada nas costas de outras ilhas e nos canais fluviais, causando novas formações.
O rio Amazonas, ao longo de milhões de anos, vem despejando em sua foz uma enorme quantidade de sedimentos, construíndo e remodelando os arquipélagos no litoral do Amapá. Desta forma, o Bailique está em contantes transformações.
Os rios mais importantes da região são: Amazonas, Araguari e Gurijuba. A viagem para o Bailique é conhecida pelos "banzeiros" enfrentados. Encontramos  duas estações : a chuvosa (inverno, de janeiro a junho) e a seca (verão, de julho a dezembro). Apesar desta estação seca a área possui uma precipitação anual de aproximadamente 2.500mm.
Fotos diversas do Bailique (IEPA).
A parte mais alta das ilhas e que apresenta melhor drenagem encontra-se ao longo das margens dos rios e igarapés, oferecendo condições para exploração agrícola.
As ilhas possuem vasta rede hidrográfica, representada por rios, igarapés e água do mar. Devido a sua localização, as ilhas estão sujeitas a ação das marés e da pororoca. (Fotos: CAACES e IEPA)
Várias atividades econômicas são desenvolvidas pela população do Arquipélago, dentre as mais expressivas podemos destacar a pesca, extrativismo vegetal, construção naval, agricultura de subsistência, comércio, apicultura e pecuária. (Fotos: CAACES)
A atividade da pesca é exercida o ano todo, no entanto, a pesca da gurijuba obedece um período de defeso (parada da pesca), baseada na época de desova da espécie. A pesca de igarapé se intensifica no período de verão, assim como a pesca do camarão, cuja safra começa no mês de maio e estende-se até dezembro. A produção de pescado e camarão é expressiva, com grande potencial. A frota pesqueira da Ilha de Bailique é composta por 03 tipos de embarcações: a canoa, o barco de pequeno porte e o barco de médio porte, vistos nas fotos (PESCAP).
 Trapiche da Vila Progresso em Bailique, 
local de desembarque de pescado (Foto de Rúbia Vale)
Vila Progresso é a principal vila do Arquipélago, onde encontramos alguns órgãos públicos (RURAP, SEMA, CORREIO, IMAP, IEF, Batalhão de Polícia Ambiental, além do Banco Bradesco, Caixa Econômica e outros empreendimentos). Informação do extensaobailique.blogspot.com 
A pesca na região é a principal fonte econômica, sendo predominantemente artesanal. Os pescadores costumam fazer viagens de até 30 dias. A espécie alvo é a dourada, mas outras espécies são também valorizadas: pescada branca, piramutaba, gurijuba, cação, apaiari, jeju, mapará, tainha, filhote - para quem não sabe este último é também chamado de piraíba, um dos monstros fluviais da Amazônia e muito apreciado na culinária... já ouviu falar de isca de filhote? -  e etc.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Mensageiras da Luz, Parteiras da Amazônia - Parteiras do Amapá (Vídeo)

Cartaz do filme
Documentário de Evaldo Morcazel (2003) sobre o cotidiano das parteiras do Amapá, abordando temas como miscigenação, religiosidade, ecologia, técnicas de parto e muito mais. Um importante retrato da ação e importância destas mulheres na Amazônia, a muitas gerações. São donas-de-casa, pescadoras, agricultoras e extrativistas de castanha, que deixam seus lares para auxiliar as parturientes a dar à luz. Recebem como pagamento um pouco de milho ou outro cereal, uma galinha caipira ou até mesmo uma pequena quantia que pode variar de R$ 10 a R$ 40. Mas muitas se recusam a receber qualquer tipo de pagamento, pois acreditam terem sido escolhidas por Deus para a arte de "puxar barriga" e "pegar menino".



Mensageiras da Luz -Parteiras da Amazônia é um documentário 
que focaliza a vida das parteiras tradicionais  
do Estado do Amapá.


Parteira da Amazônia 
(Foto: Stephanie Pommez)
O documentário entrevista mulheres de comunidades indígenas do Oiapoque, no norte do Estado, em povoados caboclos, também na comunidade negra de Curiaú, antigo quilombo na periferia de Macapá, e ainda no arquipélago de Bailique, na foz do rio Amazonas. Como são as técnicas tradicionais de cada uma dessas comunidades? Como são as rezas, preces, simpatias e cantorias religiosas? Quais medicamentos, ervas e ungüentos são utilizados nessas regiões e em outros povoados do Amapá? 



O vídeo pode ser visto na Biblioteca SEMA em Macapá.

Mãe Luzia, o primeiro "doutô" da região

Texto de Edgar Rodrigues publicado no Informativo GEA
(Jornal Participação - Ano 1 - Nº. 6 - Setembro / 2011).
Mãe Luzia foi uma mulher surpreendente. Descendente de escravos, ela tornou-se a mãe de várias gerações de moradores de Macapá. Suas mãos de parteira tradicional receberam, para a vida, milhares de crianças nascidas no período que vai do início da Intendência de Macapá aos anos iniciais do Território do Amapá. Seu nome cristão era Francisca Luzia da Silva. Nasceu em Macapá em 9 de janeiro de 1854, e faleceu em Macapá, aos 100 anos, em 24 de saetembro de 1954.
Livro de Joseli Dias
O título de "Mãe Luzia" foi-lhe dado pelo coronel Coriolano Jucá, intendente (espécie de prefeito) de Macapá em 1895, que a convidou para trabalhar como parteira, com remuneração de um salário, da Intendência de Macapá.
Também lavadeira, Mãe Luzia passava boa parte do dia curvada sobre a tina de água, nos coradouros (espécie de varais feitos de talas, onde eram colocadas as roupas, após lavadas para serem "coradas" pelo sol equatorial"), manipulando, com maestria, os pesados ferros de engomar que funcionavam pelas brasas de carvão. 
Morava no "Formigueiro", localizado atrás da Igreja de São José, e sempre foi visitada pelas autoridades do Amapá, em busca de conselhos, entre elas o próprio governador Janary Nunes.
Formigueiro (Foto Biblioteca PMM)
Quando lavava as roupas, Mãe Luzia costumava sentar à moda de seus ancestrais, às vezes com os seios expostos, porque "um filho de parto" sempre lhe pedia o peito. Ao receber uma autoridade local, vestia uma bata branca, sempre bem engomada.
Foi casada com Francisco Secundino da Silva, um jovem também filho de escravos, que por força política de Mãe Luzia chegou aos postos de comandante da Guarda Nacional e vereador de Macapá. Ao falecer em 1954, seu sepultamento antecedeu um grande cortejo popular pelas pelas principais ruas da cidade, seguido de um luto de três dias nas repartições públicas.
Mãe Luzia inspirou artistas de todas as áreas, que em versos eternizaram sua coragem e dedicação. Entre eles, o de Álvaro da Cunha:
Mãe Luzia
(Álvaro da Cunha)

Velha, enrugada, cabelos d'algodão
Fim de existência atribulada, cuja
Apoteose é um rol de roupa suja
E a aspereza das barras de sabão.

Mãe Luzia! Mãe Preta! Um coração
Que através dos milagres de ternura
Da mais rudimentar puericultura
Foi o primeiro doutor da região.

Quantas vezes, à luz da lamparina,
Na pobreza do catre ou da esteira,
Os braços rebentando de canseira, 
Mãe Luzia era toda a medicina.

Na quietude humílima do rosto
Sulcado de veredas tortuosas,
Há um clamor profundo de desgosto
E o silêncio das vidas dolorosas.

Oh, brônzea estátua da maternidade:
Ao te encontrar curvada e seminua,
Vejo o folclore antigo da cidade
Na paisagem ancestral da minha rua.

Jornal GEA (Set/2011)

sábado, 5 de novembro de 2011

Dia Nacional da Coleta de Alimento em Macapá (2011)

O Dia Nacional da Coleta de Alimentos (este ano em 05/11) está em sua 3ª edição em Macapá. Com o apoio do SESC, todo alimento arrecadado será distribuído entre entidades cadastradas no programa. Desde 2006, esse ato acontece simultaneamente em várias cidades brasileiras e representa um gesto de caridade, convidando as pessoas que estão fazendo suas compras em supermercados a doar alimentos. Uma boa iniciativa e exemplo que deveria ser repetido outras vezes. 



"Então também estes perguntarão: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou forasteiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos?
Ao que lhes responderá: Em verdade vos digo que, sempre que o deixaste de fazer a um destes mais pequeninos, deixastes de o fazer a mim." - Mateus 25:44-45

O Dia Nacional da Cultura Brasileira

Hojé é o Dia Nacional da Cultura Brasileira! 

A data foi instituída através da Lei Federal Nº 5.579, de 15 de maio de 1970, em homenagem ao nascimento de Rui Barbosa (que nasceu em 05/11/1849). Você não sabe quem é o tal Rui Barbosa? Veja se algo soa familiar nas frases seguintes:

"A força do direito deve superar o direito da força."

"Maior que a tristeza de não haver vencido é a vergonha de não ter lutado!"

"O homem que não luta pelos seus direitos não merece viver"

"A palavra é o instrumento irresistível da conquista da liberdade."

"De tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantar-se o poder nas mãos dos maus, o homem chega a rir-se da honra, desanimar-se de justiça e ter vergonha de ser honesto”

"Três âncoras deixou Deus ao homem: O amor à Pátria, o amor à liberdade, o amor à verdade. Cara nos é a Pátria, a liberdade, mais cara; mas a verdade, mais cara de tudo. Damos a vida pela Pátria. Deixamos a Pátria pela liberdade. Mas à Pátria e a liberdde renunciamos pela verdade. Porque este é o mais santo de todos os amores. Os outros são da terra e do tempo. Este vem do céu e vai à Eternidade..."

Estas são frases de Rui Barbosa, intelectual, jurista, político, jornalista e, não sem razão, considerado um dos mais importantes intelectuais da História do Brasil. Também foi membro fundador da Academia Brasileira de Letras (onde foi presidente entre 1908 e 1919). Na II Conferência da Paz, em Haia (1907), notabilizou-se pela defesa do princípio da igualdade dos Estados. Sua atuação nessa conferência lhe rendeu o apelido de "O Águia de Haia" e teve papel decisivo na entrada do Brasil na I Guerra Mundial (isso não é algo que admiro, mas partiu de seu princípio de luta pela liberdade). Basta conhecer mais uma de suas frases: "A liberdade não é um luxo dos tempos de bonança; é o maior elemento da estabilidade".
Este é Rui Barbosa e foi em homenagem a ele a instituição da data. 
(Fonte de consulta: Wikipédia)
Nesse país, miscigenado e de mistura multifacetada, há  várias manifestações culturais em todos os cantos. Cultura são todas as manifestações e peculiaridades presentes na vida humana. Olha, dizer que alguém não tem cultura é antropologicamente incorreto, você sabia?! As pessoas podem não ser do jeito que desejamos, mas todas manifestam suas expressões culturais, boas ou não.
No Estado do Amapá, como não é diferente, temos várias expressões culturais. Identidade de um povo, saber popular, encantos desta terra, onde a maior expressão é o Marabaixo.
Ressalto neste dia um projeto - o Sarau da Confraria Tucujus - que tem acontecido toda sexta-feira no Formigueiro (atrás da Igreja de são José). 
Além de exposições (quadros, fotografias, textos, artesanato, venda de CDs regionais e alimentos) tem se caracterizado também por apresentações da música amapaense, como Osmar Jr, Grupo Pilão, Juliele, entre outros e, claro que não faltaria, as apresentações do tradicional marabaixo.
Ontem (04/11) dei uma conferida lá no que havia e deu para prestigiar as apresentações do marabaixo, Osmar Jr e Grupo Pilão.
Hoje é o Dia Nacional da Cultura... não quero entrar no mérito e trâmites da questão.... mas tomara que os artistas amapenses, em um todo, tenham algo a mais sempre por celebrar.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Base Aérea de Amapá (Parte 2)

Reportagem do "Amazônia TV" sobre o projeto de revitalização do Museu da Base Aérea no Município de Amapá (ponto estratégico da aviação brasileira na II Guerra Mundial). Foi exibida em 12/10/2011.

TV-AP 12/10/2011
Reportagem: Arilson Freires
Imagens: Edson Ribeiro
Edição: Aridelso Gomes
Duração: 5 minutos
 
O vídeo pode ser visto na Biblioteca SEMA em Macapá.

Pontos abordados:

- O museu, localizado no Município de Amapá, na verdade só existe no papel. Na prática é uma grande área onde restaram sucatas da segunda guerra e os alojamentos dos americanos, ocupados hoje por famílias. Só um esforço com coordenação pode revitalizar o lugar e ajudar a contar esse capítulo importante da participação brasileira na luta contra a dominação do nazismo (Seles Nafes - Jornalista apresentador do Amazônia TV).
- O Município de Amapá, a 300 km de Macapá, tem uma história para contar sobre a segunda guerra mundial. A cidade abrigou uma base aérea norte-americana em um imenso campo onde se espalharam alojamentos, escritórios, hospital e igreja abastecidos com rede própria de água e energia.


- Torres de monitoramento e uma pista para aeronaves ajudaram a vigiar submarinos nazistas na batalha do Atlântico
- Hoje a história que tem para se contar é outra, a base aérea virou uma pequena comunidade onde se chega por uma estrada de terra a 9 km da sede do município.


- Alguns alojamentos foram ocupados por moradores. Prédios recuperados no fim da década de 90 quando foi criado o museu a céu aberto da base aérea são só salas vazias e empoeiradas. Outras edificações estão completamente destruídas.
- Na área de campo uma estranha estrutura metálica existe como a recordação mais viva do funcionamento da base aérea. É a peça mais preciosa do que restou da base aérea, é a torre de atracação dos zepelins, balões diríveis antigamente movidos à hidrogênio. Existiam prédios construídos só para armazenar o hidrogênio e era a razão de existir da base aérea. Ela funcionava principalmente para dar suporte a essas aeronaves com o reabastecimento do combustível.


- Esta foto é de um carro da época usado pelos militares, hoje o veículo está bem mais deteriorado. Segundo informações locais um ferro-velho passou recolhendo várias peças que compunham a paisagem. 


- Os geradores de energia também foram alvo do vandalismo. Na foto aparecem bem mais conservados. Hoje os geradores estão sem as tampas, arrancadas para se retirar e vender os fios de cobre.


- O desafio é gigante, mas existe interesse em recuperar a história da base aérea para ela ser contada mais uma vez e se preservar na memória do estado.


- Uma réplica em menor escala da torre do zepelim e uma maquete da base são usadas para chamar a atenção na Câmara de Vereadores do município, onde reuniram representantes do IPHAN, das Secretarias de Turismo e de Cultura e da Agência de Desenvolvimento do Amapá. O IPHAN, que apresentou um projeto no Ministério da Justiça que pode ser um passo importante para recuperação da base áerea.
 

- A idéia de dar vida nova à base aérea com a reativação do museu à céu aberto também terá a colaboração da UNIFAP.
- Além da recuperação física dos prédios, vai ser preciso invadir a alma dos visitantes, transportando-os para o tempo do funcionamento. Mexer com a imaginação é um bom começo. A inclusão da comunidade é uma forma de garantir maior adesão ao projeto.

 
 

Veja também: