As postagens desse blog são em caráter informal, de apego ao saber popular, com seu entusiasmo, exageros, ingenuidade, acertos e erros.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Macapá e suas ruas (Rua Eliezer Levy)

Eliezer Levy (Eliezer Moisés Levy,  29/11/1877 - 09/01/1947): Paraense, de família judia, foi um major e político que governou Macapá em três períodos (1932 à 1935 / 1937 / 1942 à 1944), tendo sido o responsável pela reforma do antigo prédio da Intendência de Macapá, a construção do trapiche que recebeu seu nome e da pequena capela do cemitério central (em 1932). Em sua administração também teve início a construção da BR-156 (Macapá-Oiapoque).
Conhecendo a Rua Eliezer Levy
 
Extremidade inicial da Rua Eliezer Levy, no cruzamento com a Av. Pedro Américo...
... limite também entre os bairros Laguinho e Pacoval
Na parte anterior a esse cruzamento a via tem o nome de Rua Mato Grosso (nos limites do Bairro Pacoval). Como Rua Eliezer Levy segue com mão única norte-sul até a interceptação com a Av Feliciano Coelho e mão dupla desse ponto até a extremidade final no Bairro do Trem.
Passando pela Escola Estadual Augusto dos Anjos, esquina com Av Marcílio Dias.
Vista da frente, pela Av. M. Dias (Foto: GEA/Núcleo de Jornalismo/SECOM)
A escola foi inaugurada em 18/02/2013, mas teve suas origens em 1960 a partir da Escola Municipal Julião Ramos (veja o histórico AQUI).
Trecho no Bairro Laguinho...
 ...É onde encontramos maior arborização
Passando pela Escola Estadual Azevedo Costa, esquina com Av José Antonio Siqueira
Vista da frente, pela Av J. A Siqueira (Foto: Vanda Souza)
A escola foi fundada em 24 de janeiro de 1955 pelo Governador Janary Nunes em atendimento aos anseios da comunidade do Bairro Laguinho (Veja um histórico AQUI).
Sigamos...
Registrando a Comunidade Evangélica Cristã de Vila da Penha
próximo a Av Padre Manoel da Nóbrega. Nacionalmente a denominação evangélica foi fundada em 11/04/1981 por jovens cristãos oriundos da Igreja Presbiteriana, sendo muito conhecida pelo Ministério de Louvor ao revelar talentos gospel como Aline Barros e Fernanda Brum. Em Macapá teve origens em 2004, como Comunidade Profética da Restauração, e em 2012 foi incorporada à Comunidade E. C. Vila da Penha.
... Mais um trecho antes da Av FAB, ainda bem arborizado
A Rua E. Levy até  a Av FAB é muito movimentada por ser uma das principais rotas norte-centro, desde o desvio na Ponte Sérgio Arruda. 
 ... Passando pela Defensoria Pública do Amapá, próximo à Av FAB
 Chegamos à Praça da Bandeira... na frente do CA.
"Com área pavimentada, e bastante arborizada, localiza-se entre as avenidas FAB e Eliezer Levy, e as ruas General Rondon e Iracema Carvão Nunes. O primeiro nome foi Praça da Saudade."(Texto Edgar Rodrigues)

Diferente do que encontramos hoje, como nessas imagens em comparação à década de 70, a praça tinha outro desenho e o ambiente urbano mostrava muitas árvores. (As fotos são do Acervo Histórico do Amapá).
Imagens diversas que registrei da praça...
... e mais uma antiga para comparações em mais um...
ONTEM e HOJE na Praça da Bandeira 
 
 1981 (Foto do Acervo da Biblioteca da Prefeitura de Macapá)
 2013
...Passando ao lado do histórico Colégio Amapaense.
Estudei aí também! 
Vista de frente do CA, na década de 80 (Acervo Histórico do Amapá). 
 
Essa mesma percepção não é possível hoje em razão das alterações na praça.
"O CA foi criado pelo governador Janary Gentil Nunes, através do Decreto territorial nº 49, de 25 de janeiro de 1947, recebendo inicialmente o nome Ginásio Amapaense. As atividades iniciaram em abril desse mesmo ano". (Veja o histórico da instituição organizado por Edgar Rodrigues, AQUI)
Ontem e hoje no CA
(Visão pela Eliezer Levy)
Década de 1950
2013 (Fotos de Ricardo Nery / Acervo do MIS)
Rua Eliézer Levy, à direita (Fonte: Facebook/Fotografias Históricas Amapá)
O ano não foi identificado (década de 70?), mas observamos, no trecho após o Colégio Amapaense, uma cidade ainda muito arborizada .
Esse trecho tem a proximidade de várias escolas.
Registrando a UEAP, a Faculdade Atual... 
...e as escolas de ensino fundamental Princesa Izabel e Guanabara.
 Vamos adiante! 
 Quero fazer mais uns registros importantes nesse trecho:
 ...da Biblioteca da Prefeitura Municipal de Macapá...
(Conheça melhor o local neste LINK)
 ... e do cruzamento com Av Mendonça Furtado, de onde podemos fazer uma comparação com imagen de fotos antigas. Veja aí...
Ontem e hoje na Av. Eliezer Levy
Início do Séc. XX (Acervo Histórico do Amapá)
2013 (Foto: Rogério Castelo) Não é possível obter hoje o mesmo ângulo em razão da construção da nova Catedral de São José
O cruzamento com a Av Mendonça Furtado (avistando-se os fundos da igreja). 
Olha aí o trecho na década de 80 (para mais um ontem e hoje). O terreno em frente ao cemitério foi preenchido depois pela Catedral de São José. A imagem faz parte do acervo histórico do Amapá que encontramos na Biblioteca da Prefeitura de Macapá.
... e a realidade hoje. Em destaque a Catedral de São José. 
Simbora!!! 
 
 Interceptação da Rua Eliezer Levy com Av. General Gurjão (Centro)
 
Imagens diversas
O cruzamento com a Av Mendoça Júnior e o canal 
Interceptação com a Av Feliciano Coelho, no Bairro do Trem. 
A partir desse ponto a rua passa a ser de mão dupla até o final.
Seguindo para o final da rua, no Bairro do Trem.
Trecho final da Rua Eliezer Levy (Bairro do Trem)
 Escadaria de acesso ao Bairro Santa Inês, encontrada nesse ponto.
A Rua E. Levy se estende por cerca de 3 km, da curva com a Av. Clodóvio Coelho até a Av. Pedro Américo.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Reciclagem do papel e artesanato

Técnicos da Biblioteca Ambiental da SEMA em Macapá estiveram na Escola Estadual José Bonifácio (Curiaú) nos dias 4 e 5 de junho/2013, em uma ação integrante das comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente. Deslocaram-se Rosa Dalva (Gerente da Biblioteca SEMA-AP), Nelsiana Teixeira, José Denilson e Rogério Castelo. A proposta foi a realização de uma oficina de reciclagem de papel com a confecção de artesanato com dobraduras, junto aos professores da escola.

Essa orientação foi repassada por Rosa Dalva e Nelsiana Teixeira, mestras nesse ofício. Veja um pouco dessa arte em exposição na Biblioteca Ambiental da SEMA em Macapá.
 As possibilidades artísticas são proporcionais à sua disposição e imaginação...
Rosa Dalva em ação.
...assim como o tamanho das obras. 
 
É ou não é uma bela proposta?

Reciclagem de papel é uma atitude que ajuda 
na preservação do meio ambiente.

Imagens da oficina na escola
Professores da E. E. José Bonifácio

"O verdadeiro artista é aquele que sabe enxergar o lado bom das coisas 
e recicla o que não serve para transformar tudo em uma obra prima."
(Anderson)


Veja também:

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Biblioteca da Escola Estadual José Bonifácio (APA do Curiaú)

Em 4 e 5/06/2013 tive a oportunidade de visitar a Escola Estadual José Bonifácio, no Curiaú, e registrei algumas imagens da biblioteca escolar, sempre meu alvo de divulgação e valorização pelo importante papel que representam. 
O Curiaú, para quem não conhece, está dividido atualmente em oito comunidades, que são: Curiaú de Fora, Curiaú de Dentro, Curralinho, Casa Grande, Mocambo, Pescada, Pirativa e Extrema. Está protegido como unidade de conservação estadual (a Área de Proteção Ambiental do Curiaú) e, historicamente, é localidade remanescente de quilombo.
São quatro as escolas que encontramos na região, localizadas nas comunidades de Pescada, Pirativa, Curralinho e Curiaú de Dentro, onde está situada esta escola.
 
 
A E. E. José Bonifácio atende o ensino fundamental (1ª a 8ª série) e, oficialmente, tem seu decreto de fundação em 2001, mas apresenta um histórico atuante desde a década de 40 (VEJA NESTE LINK).
Aqui está a biblioteca escolar, denominada também Biblioteca do Quilombo.
É um espaço modesto, com obras para leitura e pesquisas escolares.
 
Livros, folhetos, quadrinhos, revistas, biografias, literatura, história, educação, artes... tem um pouco de cada coisa, ainda não o essencial, e as crianças são estimuladas sempre ao hábito da leitura. Presenciei várias visitando e  penso que seria adequado se houvessem mais obras infantis (Monteiro Lobato, Júlio Verne, Série Vaga-lume, Coleção Para Gostar de Ler, por exemplo) e mais obras de autores amapaenses. A distribuição destes autores é muita limitada e desconhecida da maioria das escolas. O governo estadual poderia estabeler um plano de distribuição e valorização, principalmente nestas bibliotecas escolares que, por estarem mais próximas aos alunos, iniciam jovens leitores e o conhecimento da cultura.
O destaque na biblioteca está nas obras étnico-raciais, 
logicamente é um ponto muito valorizado na escola.
Algumas das obras do importante acervo da biblioteca
O que selecionei para destacar foram:

- Essa obra de estudo ambiental da APA do Curiaú, faz um levantamento sócio-econômico-ambiental e foi publicada em 2007 pela SEMA. Deveria ser reeditada e distribuída em todo o Amapá... com certeza! Oras, é de supor que o estado mais preservado do Brasil deva fortalecer o conhecimento sobre suas áreas protegidas.


- O livro infantil da Esmeraldina dos Santos (As aventuras de Dona Florzinha), onde, através de estórias curtas, a autora fala da educação ambiental para crianças, uma iniciação lúdica. Uma novidade encontrada em bancas de revistas em Macapá é o audiobook deste livrinho, acrescido de uma música de marabaixo. Material bem interessante para os educadores.

-  E os livros de Piedade Videira, com ênfase ao movimento cultural... 
rico na comunidade.

Uma coisa que todo visitante nota na escola, incluindo a sala da biblioteca, é a bela arte de M. Silva... Veja aí e julgue se não tenho razão!
 O artista em ação...
 
...e uma de suas obras que fotografei na Escola de Artes Cândido Portinari.

Na escola encontramos projetos interessantes e premiados. Um destes é desenvolvido pela professora Vanda, chamado Mala Mágica. A educadora, usando do teatro, desenhos, fantoches, contação de estórias, literatura e outros recursos, interage com as crianças e trata de valores educacionais importantes, havendo um destaque e valorização maior sempre para a cultura afro-brasileira. Esse projeto iniciou há 3 anos quando a professora visitava as turmas com uma mala recheada de surpresas e, a partir do que retirava, construía com os alunos uma história no processo ensino-aprendizagem. Uma interessante construção do conhecimento de forma lúdica. Há bastante receptividade e a professora recebe agora as turmas em uma sala cheia de recursos pedagógicos, tudo utilizado em um determinado momento.

  Biblioteca da Escola Estadual José Bonifácio, no Curiaú.
“Que imenso tesouro pode estar oculto em uma biblioteca pequena e selecionada! A companhia dos mais sábios e dignos indivíduos de todos os países, através de milhares de anos, pode tornar o resultado de seus estudos e de sua sabedoria acessíveis para nós.”  (Ralph Waldo Emerson)