As postagens desse blog são em caráter informal, de apego ao saber popular, com seu entusiasmo, exageros, ingenuidade, acertos e erros.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Macapá e suas ruas (Rua Tiradentes)

Olá pessoal! Novamente pelas vias de Macapá, registrando... Dessa vez vou varando é pela Rua Tiradentes. Vamos ver um um pouco então!
Foto: Rogério Castelo
 Eita! Olha ela aí na sua extensão... 
Foto: Rogério Castelo
Uma das principais ruas em Macapá...
Foto: Rogério Castelo
...com um de seus extremos na Av. Feliciano Coelho.
Foto: Rogério Castelo
Lembrando... A Av Feliciano (em destaque no centro da foto) registrei AQUI  
À direita vemos a Av Pedro Baião.
Foto: Rogério Castelo
O foco é a Rua Tiradentes (à esquerda), mas vamos aproveitar e dar uma olhada também no entorno. Espia só...
Foto: Rogério Castelo
 A Fortaleza de São José de Macapá...
Foto: Rogério Castelo
 ...sentinela no rio Amazonas.
Foto: Rogério Castelo
Rampa na orla do Santa Inês.
Foto: Rogério Castelo
Mais registros da orla do Santa Inês...
Foto: Rogério Castelo
Foto: Rogério Castelo
Foto: Rogério Castelo
...e um da Praça Floriano Peixoto.
Foto: Rogério Castelo
Agora sim! Voltemos a Rua Tiradentes e vamos em frente! Que histórias posso topar aqui... Sei lá! Alguma coisa haverei de encontrar! Vumbora galera!

O de praxe... a referência ao homenageado nesta via.
Sugiro uma conferida NESTE LINK . Curiosidades pouco conhecidas sobre Tiradentes...

... e oportunidade também para mencionar a literatura local... 

- Tiradentes (de Maria Aldair de Lima Alves, professora da rede pública, na obra LER E VIVER, publicada em 2003. Um olhar poético sobre algumas datas comemorativas).

- Tiradentes (de Ranilson Chaves, na obra O MUNDO DESABA E EU ESCREVO, de 1999. Segundo livro, com poesias, crônicas, contos e homenagens para datas comemorativas).

Imagens diversas da Rua Tiradentes.
Contrastam edificações novas com outras inacabadas (e nada atraentes).
  Mas o que não é legal mesmo é perceber que a vegetação é quase inexistente 
...em grande parte da via.
Um exemplo: próximo do cruzamento da Rua Tiradentes com a Av Coracy Nunes...
...uma árvore no caminho.
Na atual conjuntura urbanística de muitos, parece outra coisa...
"No meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
" 
(Carlos Drummond de Andrade)
 Já era! Mas vencida pelas forças da natureza. 
Jaz agora no caminho...
 Rua Tiradentes com Av General Gurjão. Qual é qual? A Tiradentes é a que tem menos árvores....
 Olhando para trás, como no cruzamento da Rua Tiradentes com a Av. General Gurjão...
...ou até o cruzamento com a Av Presidente Vargas, a gente percebe isso nas ações e marcas que estamos deixando em muitas de nossas ruas.
Isso me faz lembrar de uma observação que vi outro dia nas redes sociais:
"...CADA VEZ MENOS ÁRVORES E MAIS PRÉDIOS... E A CIDADE SE ESTRATIFICANDO. UMA PENA. PONTOS QUENTES. ARQUITETURA TÍPICA DE REGIÃO LESTE, PRÉDIO APÓS PRÉDIOS...AQUECENDO A CIDADE. 
Isaías 5: 8 - Ai dos que ajuntam casa a casa, dos que acrescentam campo a campo, até que não haja mais lugar, de modo que habitem sós no meio da terra!" (Paulo Neme - Facebook) 

"Só prédios. Nenhum telhado ecológico. Intenso desflorestamento urbano da cidade de Macapá, agravado pelos shoppings, condominios imensos e coisas semelhantes." (Observação de um ambientalista no Amapá)
As imagens acima são no trecho próximo ao cruzamento com a Av. Antonio Coelho de Carvalho.
Tem que ser lembrado sempre!!!
Trecho da Rua Tiradentes, entre as avenidas General Gurjão e Presidente Vargas.
Registrei da Papelaria Tropical (Facebook), a quem agradeço a receptividade.
Ainda bem que...
...depois da Av. Presidente Vargas...
...uma outra história começa a se mostrar...
...e verdejante...
Verde que te quero verde.
Verde vento. Verdes ramas.
Federico Garcia Lorca
 ...em grande trecho da via.
Uma pit stop para a leitura!
Próximo ao cruzamento com a Av. Antonio Coelho de Carvalho...
... a revistaria da Dona Agda... aberta a 13 anos... o mesmo tempo que tenho de visitação...

Agora o registro de alguns prédios nesta rua...
Igreja Universal do Reino de Deus (esquina com Av Cora de Carvalho)
Não tive êxito em buscar informações. Cito apenas que a igreja desenvolve trabalho no Amapá a cerca de 20 anos (é o que diz o respectivo site). Conheço pessoas que frequentam, mas nunca a visitei.
O Cartório Jucá, em seu novo endereço, mas ainda na Rua Tiradentes (agora em frente a Igreja Universal, desde junho de 2013). Ô pessoal, não vão errar indo pro velho de bobeira!!! 
Descobri na Secretaria Geral da Assembleia de Deus (a quem agradeço a receptividade) que o Estatuto da referida igreja foi o primeiro registro do Cartório Jucá. O Estatuto é de 1949 e teve o registro histórico em 05/04/1951 (Livro Nº1, Folhas 1 e 2, Nº de Ordem 1).
 Igreja Universal e Cartório Jucá na Rua Tiradentes. 
No sentido longitudinal...
Mais evidente, não! Banal... Mas estou mostrando é para quem não é daqui, Ô!!!!!
A nova filial da Domestilar, inaugurada em janeiro/2014
(esquina com a Av. Coriolano Jucá)
 
Vou seguir a via até o final, registrando...
 Olha ali a Pioneira!
  O templo sede... 
 ...da Igreja Assembleia de Deus em Macapá.
(Você é bom observador? Saiba que esta foto registrei cerca de um ano antes da anterior. Só prestar atenção nas obras na parte superior do novo prédio da AD, ao lado. Os pontos de registro, respectivos, foram a Papelaria Tropical e o Shopping Villa Nova.) 
Vendo-se o andamento das obras, penso que só com muita oração, empenho e um trabalho muito decidido, sob as bênçãos divinas, que a nova catedral poderá ser erguida até o Centenário.
Estou falando da sede, a segunda edificação desde a fundação. A primeira depois eu te mostro. Segura aí!
Brevemente será demolida para dar lugar a uma nova, a terceira. Maior e modernizada, somando-se a que está em construção ao lado.
Esse é o projeto idealizado para a terceira edificação da sede. Estão ocorrendo campanhas em busca desse objetivo. Desejo ardente da Igreja para as comemorações de seu Centenário, em 2017 (a imagem foi gentilmente cedida pela Secretaria Geral da Igreja).
Mais um Pit stop para a leitura, na ICTUS Livraria (FACEBOOK), em frente à Pioneira.
Você conhece a história da Assembleia de Deus
Vou te contar um pouco através dos livros que encontrei lá...

Na virada do século XX houve um movimento nos EUA que despertou e influenciou muitas igrejas pelo mundo. A valorização do estudo bíblico, incentivo a vida em santificação e evangelismo são coisas que sempre estiveram (ou deveriam estar) desde os primórdios da igreja.  O que o movimento procurou somar a isso em ênfase foi o Pentecostes.
Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samária, e até os confins da terra. (Atos 1:8)
"Pentecostes" era a festa dos judeus celebrada 50 dias após a Páscoa. Durante uma celebração destas que o Espírito Santo de Deus veio sobre os apóstolos e em mais de 100 discípulos que estavam reunidos em oração em Jerusalém (cerca de 50 dias após a morte do Senhor), confiantes na promessa descrita no versículo anterior. 
A descida do Espírito Santo naquele dia marcou o início da Igreja Cristã, com um revestimento de poder e intrepidez evangelística acompanhado de sinais como o falar em línguas espirituais (estranhas).  Foi assim que Pedro e os demais passaram a anunciar o evangelho às multidões. 
Willian Seymour em frente da Missão da Rua Azuza, nos EUA.
O "Pentecostalismo", como ficou conhecido modernamente a retomada dessa promessa pela igreja (ou Movimento Pentecostal), ganhou fama através da Missão da Rua Azuza, em Los Angeles, sob a liderança do pastor Willian Seymour.  Essa é uma história com muitos detalhes e, em linhas gerais, deixo registrado que não é aceito no todo da igreja evangélica (sendo até polêmico e rejeitado por muitos) e, aos que creram e buscaram, trouxe um grande despertamento espiritual, renovo e influência decisiva e fundamental para a vida missionária...
...Como no avivamento missionário de Daniel Berg e Gunnar Vingren, dois jovens batistas, suecos, estabelecidos nos EUA, que creram e buscavam orientação divina para a vida missionária individualmente.
Durante uma Conferência em Chicago, em 1909, se encontraram e manifestaram o mesmo objetivo de servir a Deus em outras terras.
Os laços de amizade e ministeriais se solidificaram mais até que, em uma reunião na casa do amigo Adolf Uldin, através desse irmão, receberam a chamada missionária para um lugar que nunca tinham ouvido falar. Não sabiam onde se localizava e precisaram recorrer a biblioteca onde enfim identificaram a terra da profecia, o Pará
"Vamos até Belém e vejamos os acontecimentos 
que o Senhor nos deu a conhecer." Lucas 2:15b 
(Palavras dos pastores visitados pelo anjo anunciando o nascimento de Cristo, que também, dados os devidos limites, de certa maneira poderiam também ser ditas pelos missionários, não é!?  : ) 
Muitas informações poderiam desestimulá-los da viagem ao lhe falarem das dificuldades que encontrariam, havendo até aconselhamentos para a desistência, mas a chama missionária ardia mais forte em seus corações e embarcaram rumo ao Brasil em novembro de 1910.  
Quando os primeiros brasileiros subiram a bordo, Daniel Berg e Gunnar Vingren ouviram o idioma português. Emocionados, reconheceram a língua que o Espírito de Deus manifestara também nos Estados Unidos, no episódio na casa de Uldin. . 
Foram duas semanas de viagem em condições sofríveis a bordo do Clement e, em 19/11/1910, chegaram a estas terras. Nasceria daí a primeira anunciação missionária pentecostal em todo o Atlântico Sul.
Eita! Devo agora  referenciar, divulgação literária do que encontrei na ICTUS Livraria, que parte das informações e quadrinhos aqui apresentados foram retirados da obra "História da Assembleia de Deus em Quadrinhos, Vol. 1, apresentando Daniel Berg e Gunnar Vingren", publicada em 2011 pela AD Belém em comemoração ao Centenário. 
Algumas observações da leitura registrei no skoob.com.br (AQUI)

Estarei citando outras obras que li e preciso também referenciar dois sites que, de alguma forma, me ajudaram até aqui nestas linhas: professorpadua.blogspot.com.br  e wikipedia - Assembleia de Deus
Ei, sumano! Não dorme aí não, que tenho mais coisas para contar! Bora!!
Belém no início do século XX
Berg e Vingren não foram enviados por nenhuma junta missionária, ninguém os aguardava e não tinham a segurança de qualquer sustento, além do entrave com o idioma. A seu favor apenas a confiança e rendição aos  propósitos divinos. Foi assim que caminharam pela cidade até chegar a Praça da República. Belém estava ainda no apogeu do Ciclo da Borracha, vendo-se em suas ruas o contraste entre riqueza e pobreza. Na cidade residiam muitos estrangeiros também e isso lhes foi favorável, pois acabaram encontrando auxílio e acolhida na Igreja Batista (da qual fizeram parte nos EUA).
"E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo." (Mateus 3:11)
Os missionários, crentes na doutrina pentecostal, anunciavam isso onde iam, resultando em um desconforto às igrejas na época, sem a mesma visão que compartilhavam, como a Igreja Batista onde congregavam e estavam residindo. Por professarem essa doutrina, ocorreu então a exclusão de Berg, Vingren e cerca de 19 irmãos que acolheram essa fé (fato ocorrido em 13/06/1911). Celina Albuquerque estava entre eles e foi a primeira brasileira a receber o batismo no Espírito Santo, após a busca em oração e cura nos lábios que estavam cancerosos. As reuniões daquele grupo passaram a se realizar na casa dela (a partir de 18/06/1911, marco inicial da AD), usando o nome de Missão da Fé Apóstólica. Perdurou até 1918, quando então passou a ser denominada de Assembleia de Deus. Tanto o primeiro quanto o segundo nome foram referências ao movimento pentecostal nos EUA, que os havia adotado pioneiramente.
Em poucas décadas, a Assembleia de Deus, a partir de Belém do Pará, onde nasceu, expandiu em todas as vilas e cidades, até alcançar os grandes centros urbanos como São Paulo (1924), Rio de Janeiro (1923), Belo Horizonte (1927) e Porto Alegre (1924).
Outros missionários estrangeiros chegaram a esta seara - como Otto e Adina Nelson (1914), Samuel e Lyna Nystrom (1916), Frida Strandberg (1917), Nels Nelson (1921) e outros - além dos obreiros locais, determinados à anunciação do Evangelho. Um destes foi Manoel Francisco Dubu (o primeiro brasileiro a receber o batismo no Espírito Santo), que evangelizou na Paraíba em 1914.  
O crescimento rápido caracterizou-se também por muitas perseguições e histórias de constância e decisão na fé. Houve agressões, tentativas de morte, apedrejamentos, calúnias, arbitrariedades de autoridades policiais e religiosas, etc. Episódios tristes, mas jamais obstáculos insuperáveis ao crescimento da Igreja.

Alguns livros interessantes para conhecer essa história são:

"1911: Missão de fogo no Brasil", de Rui Raiol, Editora Paka-Tatu, 2011. O livro é apresentado de maneira romanceada, baseado no relato de Gunnar Vingren a um jornalista a bordo do navio em sua viagem de regresso à Suécia (1932). O autor usou esse plano de fundo para contar a história da Assembleia de Deus, resultando em uma bela obra, onde se revive as emoções dos primeiros cultos, a evangelização desafiadora por lugares remotos e de difícil acesso, além dos perigos e perseguições que a igreja sofreu (Veja mais AQUI).


"As Aventuras de Daniel Berg na Selva Amazônica", de Marta Doreto de Andrade, Editora CPAD, 2009. História adaptada para a Literatura Infanto-Juvenil, com relatos das viagens de Daniel Berg como colportor (Calma aí que já te explico isso! Colportor é pessoa que colporta, que faz distribuição de literatura, geralmente religiosa de porta em porta. Simplificando: Vendedor de livros). Enquanto Vingren dedicou-se mais ao pastorado, Berg percorreu os interiores com sua mala cheia de Bíblias, oportunizando-as ao povo que, praticamente, nunca as tinham manuseado ou lido. Era assim que levava o Evangelho e nessas viagens encontrou e passou por situações que nunca imaginara. Realmente desafiadoras à persistência evangelístia e hoje relatos edificantes a igreja. A obra está muito interessante! (Veja mais AQUI)

"Bíblia Sagrada - Edição Comemorativa do Centenário da Assembleia de Deus".  Essa edição foi lançada pela AD Belém em 2011 e o que tem de característico é o encarte de 64 páginas, elaborado pelo Museu da Assembleia de Deus, com informações preciosas a quem se interessa por esse estudo. Além das fotos, tem  cronologia desde a fundação, rol dos missionários, relatos dos primeiros anos e do crescimento nos outros Estados.
(Veja mais AQUI)

"História da Assembleia de Deus em Quadrinhos: Samuel Nystrom" (Veja mais AQUI)
"História da Assembleia de Deus em Quadrinhos: Nels Nelson" (Veja mais AQUI)
HQs publicadas pela AD Belém em comemoração ao Centenário, em 2011. Os biografados foram missionários suecos, pioneiros, que tiveram importante ação na evangelização e crescimento da igreja. Foram também pastores na igreja sede da AD em Belém. Nels Nelson era conhecido como Apóstolo Pentecostal (com importante contribuição para a evangelização) e Samuel Nystrom traduziu e acrescentou também vários hinos à Harpa Cristã (Hinário da AD), como o tão conhecido "Teu Espírito Vem Derramar", Nº 290.





CONT....

terça-feira, 25 de março de 2014

Marieta & Alexandre Paulo, baluartes na ascendência de minha família em Macapá

Como amante da história tenho apreço e curiosidade grande pelas histórias familiares. Saber da ascendência, de onde vieram, o que viveram, que coisas experimentaram... Esse é um conhecimento que, invariavelmente, perde-se quase todo (ou tudo mesmo e para sempre) entre as famílias. Com meus parcos recursos, meu limite de conhecimento vai até meus bisavós pelo lado materno. Daí para trás é um mundo desconhecido com pessoas que jamais saberei algo (incluindo nomes, origens e imagens). Por isso tenho como abençoados aqueles que conheceram e conviveram com seus antepassados mais distantes, pois o tempo, assim como escreve novas páginas, faz com que aquelas outrora vividas sejam apagadas das mentes e corações de todos. Quem sabe também a história de todos nós daqui a algumas gerações...
Dos quatro casais de bisavós em nossa história, tive a bem-aventurança de conhecer apenas um, cujas lembranças tenho da minha infância/adolescência e aqui apresento para os mais novos da minha família... toda uma geração de bisnetos e tataranetos que nunca viram ou ouviram algo dos mesmos. É para estes que compartilho e apresento-vos os estimados, e importantes em nossa história familiar, ALEXANDRE PAULO e MARIETA, baluartes respectivos nas famílias Ferreira e Balieiro, naturais da região de Breves no Pará.

Alexandre Paulo e sua estimada Marieta viveram um casamento de seis décadas. Em linhas gerais, vô Alexandre era um homem piedoso e com fé firme e forte, não sendo abalada pelas muitas lutas que enfrentou, desde a perda da visão, no vigor ainda de seus anos, até sua partida em 1984. Vó Marieta, característico das mulheres acostumadas desde cedo à vida ribeirinha, era uma mulher vigorosa e também engraçada. Seu adeus foi no ano de 1991.

Deles vieram os filhos: Raimunda (Mundinha), Sebastião (Nilzinho), Maria Vitória (Lola), Lourival, Raimundo e Ana. Cada um com suas histórias e famílias construídas, destes me reservo apenas às histórias de Ana, que tem sua descendência misturada à Família Castelo.

Consegui também fotos do Raimundo, Lourival e Ana, a última desta geração, a nos agraciar com sua presença (fazendo jus ao nome). Não é outra senão a grande Vó Nikita! 
Ah! O menino que aparece ao lado do tio Raimundo (1975) e o fulano com a Vó Nikita sou...

Veja também:

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

"Treze e outros contos" (Sérgio Sales)

Alguém já disse que  uma forma de felicidade é a leitura - Jorge Luis Borges, literato argentino. Vou encontrando também a minha em companhia dos livros, com a certeza de infindáveis descobertas. "Treze e outros contos", de Sérgio Sales, é mais uma delas. Obra com contos bem humorados ou reflexivos. Conheça aí um deles, em mais uma sugestão de livros para serem conferidos e apreciados. E de agradável leitura.

Título: Treze e outros contos
Autor: Sérgio Sales
Editora: Gráfica Virgem de Nazaré 
Páginas: 81 
Ano: 2007 
Tema: Contos

Sem saída

Eu morava num lugar bastante movimentado no centro comercial da cidade. Era um local amplo e bem iluminado, com enormes janelas, por onde entrava ventilação.
Apesar do barulho intenso, característico do lugar, eu gostava de morar ali. O som das buzinas dos carros que passavam, e dos alto-falantes, não me incomodava. Até mesmo alguns disparos feitos por policiais, em perseguição aos inúmeros bandidos, sempre presentes por ali, não chegavam a me importunar.
Eu tinha uma aprazível vista do mar, bem ali, em frente de onde eu morava.
Sombrinhas coloridas, garotas bonitas, carros esporte e gente por todos os lados, indo e vindo da praia, faziam minha alegria nos ensolarados finais de semana.
Nos outros dias, eu me contentava em olhar o mar e as garotas que trabalhavam no comércio. Também admirava os rapazes, e as crianças que transitavam pelo local.
Gostava também de observar os idosos, com sua calma peculiar, e os animais. Esses últimos me chamavam a atenção, por sua incrível racionalidade.
Morei por algum tempo nesse lugar mas, num certo dia, fui obrigado a mudar de endereço. Aliás, eu já contava com a mudança a qualquer momento, e não fiquei aborrecido. Achei que seria bom conhecer outro lugar, outras pessoas, outros ares. E assim, fui alegremente morar no meu novo endereço.
O lugar onde fui morar, ao contrário do anterior, não era em frente à praia, e nem tinha a agitação do comércio, entretanto, o som de disparos de arma de fogo era mais frequente, principalmente durante a noite.
Uma pequena casa, mal iluminada, em um bairro distante do centro, era a minha nova morada, e eu agora vivia com uma família de classe média baixa. O marido achava-se desempregado e o comando do lar ficava por conta da mulher, que trabalhava como vendedora de cosméticos, ou coisa que o valha.
As brigas eram constantes entre o casal por causa das bebedeiras do marido que, deprimido pela falta de trabalho, entregava-se ao álcool em excesso, quase todos os dias.
Em diversas ocasiões, eu o vi agredir a mulher, com socos e pontapés, tentando conseguir pela força, algum dinheiro para a compra da bebida.
O casal tinha uma filha de dez anos que nessas ocasiões corria a pedir socorro aos vizinhos, pois se ficasse em casa, seria também espancada pelo pai furioso e bêbado.
Eu não interferia nos problemas da família, apesar de não concordar com o comportamento desumano do marido, naqueles momentos. 
Compadecia-me da mulher e da garotinha, que sofriam muito, nas mãos daquele brutamontes.
Eu não gostava de morar com eles. sentia falta da praia e das pessoas alegres e felizes com as quais eu convivia no tempo em que residia no centro comercial.
Lembro-me de quando fui morar com eles. Receberam-me com sorrisos, muita festa, e fizeram até brindes pela minha chegada.
Disseram que eu seria de grande utilidade para a família, e a pequena falou que eu era forte e bonitão.
Fiquei tão lisonjeado com tudo isso, que nem me importei de saber, que ocuparia um pequeno cantinho na cozinha.
Mas o tempo foi passando e, apesar de saberem que eu era muito importante para a família, ninguém mais ligava para a minha presença naquela casa.
Isso me entristecia um pouco. Aliás, me entristecia bastante.
Num certo dia, durante uma de suas bebedeiras, o marido quebrou a casa toda, espancou a mulher como de costume, e agrediu-me também, me jogando no chão com violência.
Eu já não era novo e forte, e na queda, quebrei uma das pernas. senti vontade de ir embora dali... mas não fui.
Hoje ainda moro com a mesma família. Estou velho e aleijado, mas ainda sou de alguma utilidade.
Trago na minha lembrança os tempos em que eu morava em frente à praia, no centro comercial, lembro-me das sombrinhas coloridas, do cheiro do mar, das garotas do comércio, do vai e vem das pessoas. Ah! Como eu gostaria de poder voltar a morar lá.
Mas, infelizmente, não posso mudar de endereço por minha livre vontade.
Afinal... sou apenas, um simples armário de cozinha.


(Conto de Sérgio Sales,  publicado em Treze e outros contos - 2007)

Sérgio Sales, paraense nascido em Belém (1955), é músico, cantor, compositor, andarilho das estradas do Brasil, amante dos rios e das florestas, cantador de trovas e cordéis e estreante como contista com o livro Treze e outros contos (de 2007, sendo relançado em 2010). 
Participou em 2010 da coletânea Contos de Outono (lançada pela Câmara Brasileira de Jovens Escritores, com o conto Enfim conseguiremos) e em 2013 publicou seu primeiro romance Amor, meu grande amor.



Mais informações sobre o autor em:
navegandonavanguarda.blogspot.com.br
- novopapeldeseda.blogspot.com.br

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Família Castelo, a semente de Ana (ontem e hoje)

Essa é uma homenagem a meus familiares, especialmente à minha avó e à minha mãe, Ana e Alzira Castelo. Nikita para os íntimos, minha avó Ana Castelo é uma das pioneiras e moradora das mais antigas do bairro do Trem, hoje com 86 anos, fixando residência nestes cantos desde a década de 50, quando o bairro se limitava às imediações da Praça da Conceição e havia um matagal no que seria futuramente a Rua Hamilton Silva. Naquela época os lotes estavam sendo estabelecidos e distribuídos pela prefeitura. Minha avó e vários de meus parentes, nas proximidades desta rua no Trem, foram contemplados. Como foi comum na época (e ainda hoje assim é) veio da região de ilhas do Pará, com uma história familiar de muitos anos na localidade de Breves. Aqui se estabeleceu no jovem território e continuou sua saga... Minha família! Graças a Deus!

Ana Castelo e filhos (1963)

Da esquerda para a direita: Augusto (Teco), os gêmeos César e Manoel Benedito (Bené), José Maria na janela (conhecido como Mudo, hoje é professor evangélico de classe de ensino especial), Ana com o bebê Antonio, Maria José (Dedeca) e Alzira Castelo (minha mãe, a primogênita da família).
Minha avó teve outros três filhos, que não aparecem na imagem: Maria Helena (vitimada pelo sarampo em Macapá, ainda menina, em 1960), Waldiney (Val, nascido em 1965) e Marcelo Castelo (o caçula, nascido em 1968).
A foto foi registrada na frente de sua casa, na Rua Hamilton Silva por um tipo de profissional diferenciado naqueles tempos, um fotógrafo andarilho, que ia oferecendo seu trabalho de casa em casa.
Ana Castelo e filhos (2014)
Ana e filhos, da esquerda para direita: Maria José, Antônio, César, Marcelo, José Maria, Alzira, Ana, Augusto e Waldiney. Faltou apenas tio Bené!


Veja mais alguma coisa em:

São relatos baseados em histórias de minha avó (sujeitos também a alguns erros).

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Rose Nascimento (Portões Celestiais)

uanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.
Filipenses 4:8
Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.
Filipenses 4:8
Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.
Filipenses 4:8
"Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai."
Filipenses 4:8
Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.
Filipenses 4:8

Rose Nascimento 
(Portões Celestiais)

Me falaram de um lugar, de um lugar muito distante daqui
Me falaram de um lugar,onde o Rei dos Reis está a reinar
Onde o Todo Poderoso está assentado no seu trono
Recebendo a adoração que vem do nosso coração


Santo, Santo eu irei cantar
Quando eu passar os portões celestiais
Com os anjos para sempre estarei
Bem juntinho bem ao lado do meu Rei (bis)
Cantando um hino em adoração, em louvor
Sempre sempre e nunca mais voltar
 

Em adoração em louvor sempre, sempre e nunca mais voltar (bis)

Hoje eu sei que este lugar não se pode comparar (comparar)
Pois riqueza é o que não falta e coroa até teremos ali
Cantaremos com os anjos voaremos com os arcanjos
Onde livre viveremos e pra sempre então diremos
 
Aleluia, Aleluia, Aleluia...

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

... 2014!

Tarde fria, chuvosa... e essas horas pesadas em seu passos... Há uma angustiante solidão nesta biblioteca, hoje tão vazia e com um silêncio gritante. Tédio... Tédio... Eu por aqui... divagando entre essas estantes e... e !!!!!!!!!!!!!!!!!... !!!!!??????????????????? MaS  qUe vUltO é AqUEle esPReiTaNdo poR TrAs dAQueleS LiVRos!!!!!!!?????????
 IÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁUU!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

07/01 - Dia Nacional do Leitor

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Até 2014...

Neste ano que finda, como membro da Biblioteca Ambiental da SEMA, agradeço toda contribuição para a divulgação, enriquecimento do acervo e, principalmente, sua visitação. Sabemos que há dificuldades enormes para se encontrar muita coisa nas pesquisas no Amapá - carente ainda de uma rede mais eficiente de divulgação de informações científicas, principalmente de cunho acadêmico - e assim os desafios se apresentam rotineiramente em nossos projetos de valorização da informação...  

Muita gente boa passou por aqui. Olha aí uma turma maneira que cliquei ao longo de 2013!
(pesquisadores, estudantes, escritores, blogueiros, colaboradores, etc).

Algumas referências: Marcilene (Bibliotecária) a mais nova integrante da Biblioteca SEMA a quem demos as boas vindas este ano; Carlos Viana, grande colaborador em 2013 para o enriquecimento de nosso acervo.

... Mas estaremos aí, nesse novo ano, buscando sempre o melhor na contribuição aos pesquisadores na biblioteca... Onde serás sempre bem-vindo!

 Ornamentação idealizada por Rosa Dalva (Gerente da Biblioteca SEMA) e equipe
na SEMA.

Deixo votos de boas realizações neste Novo Ano 
e de um Natal Feliz e abençoado a todos!